A vida das palavras, por Marcello Rollemberg

Em “História de Um Livro”, a pesquisadora e professora da ECA Marisa Midori dá voz a obra escrita no século 19 e à sua recepção mundo afora  

Mas por que justamente Guizot? Qual a razão de resgatar a figura e as ideias de um contrarrevolucionário? “A obra de François Guizot se insere em um conjunto mais amplo de livros esquecidos, senão, pouco lidos seguramente, não reeditados na França atual”, explica Marisa na obra, originalmente sua tese de livre-docência apresentada na ECA. “Todavia, esse grupo formado por historiadores, pensadores, ideólogos e homens de Estado teve uma presença notável na cena política francesa – e, sem dúvida, entre os intelectuais de outras partes do globo conectados com os eventos políticos daquele país – no período de 1789 a 1870.” São nomes como Mignet, o próprio Guizot e Thiers, representantes de uma geração de intelectuais que “grosso modo, apresentam-se como os filhos do Terror e do Consulado”, como afirma Marisa Midori. A esses, explica a autora, podem-se somar os de Alphonse de Lamartine, Jules Michelet e, mais tardiamente, Alexis de Tocqueville. Mas foi sobre o libelo contrarrevolucionário A Democracia na França, de François Guizot, que a pesquisadora se debruçou. E ela tratou de biografar mais do que o autor, o livro que ele escreveu.

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