Manual do Estilo Desconfiado é exercício lúdico para quem quer e também quem não quer ser escritor

Manual do Estilo Desconfiado é exercício lúdico para quem quer e também quem não quer ser escritor

Se prestarmos atenção à trajetória profissional de Fernando Paixão, as razões pelas quais ele acaba de publicar Manual do Estilo Desconfiado ficam claras. Poeta, professor universitário e ex-diretor editorial da Ática, seu trabalho está profundamente ligado ao texto, de maneira provocadora e criativa. Para isso, questionar o próprio estilo e ter um olhar crítico sobre o texto é  fundamental. É isto o que ele enfoca neste Manual, que não serve apenas a jovens escritores ou a quem deseja tornar-se escritor. A seguir, ele fala ao Blog Ateliê:   Por que o título “Manual do Estilo Desconfiado”? Fernando Paixão: Tem a…

Cirandas, sonetos e inspirações

“Essas canções infantis – ditas ‘de ronda’, ou ‘de roda’ – fazem parte da nossa infância e, por isso, sempre despertaram em mim o desejo de escrever poemas sobre elas”. É assim que Frei Bruno Palma, da Ordem dos Dominicanos, explica sua mais nova obra, Cirandas.  A seguir, ele fala sobre o tema para o Blog da Ateliê: Como teve a ideia do Cirandas? Bruno Palma: Foi me lembrando de uma frase musical de uma ciranda, que cantei e brinquei quando criança. E a memória e a emoção fez com que eu desejasse rever ( ou “reviver”) essas cantigas ,…

A arquitetura de Frei Galvão

A arquitetura de Frei Galvão

Por Carina Marcondes Ferreira Pedro* O livro Frei Galvão: Arquiteto do professor Benedito Lima de Toledo nos mostra, por meio de fontes textuais e iconográficas, uma São Paulo ainda pouco povoada, onde capelas, mosteiros e conventos eram os principais pontos de referência dos moradores e viajantes, período em que a influência portuguesa se fazia fortemente presente nos santos de devoção católicos e, consequentemente, na arquitetura religiosa. Foi nesse contexto que o frei Antônio de Sant’Anna Galvão, o Frei Galvão, teve uma importante atuação, projetando obras que marcaram a paisagem da cidade, como o Mosteiro da Luz. No primeiro capítulo, Mosteiro de…

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“A Batalha dos Livros não acabou”, diz Lincoln Secco

Em A Batalha dos Livros, Lincoln Secco, professor de História Contemporânea da Universidade de São Paulo, analisa a formação da esquerda no Brasil. Segundo Marisa Midori Deaecto, a obra “constitui um capítulo dessa guerra universal contra o analfabetismo e o obscurantismo que engessam as civilizações, mantêm as desigualdades e protegem as injustiças”. A seguir, ele fala sobre o volume recém-lançado:     O título do livro remete a um embate ideológico já na formação da esquerda no país. Isso ocorre de fato? Como se dá esse embate? Lincoln Secco: Eu tento mostrar em primeiro lugar que o Brasil não esteve…

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“Existe um estilo brasileiro de desenhar capas, inconfundível aos olhos do observador atento”

A Capa do Livro Brasileiro  percorre 130 anos de História Por Renata de Albuquerque O bibliófilo Ubiratan Machado demorou quatro anos para compilar 1700 capas coloridas na obra A Capa do Livro Brasileiro, um amplo e profundo estudo sobre o assunto. O volume, coeditado por Ateliê Editorial e SESI-SP editora, percorre 130 anos de História, analisando também aspectos técnicos dessa produção. Para o autor, que usou como fonte de pesquisa a própria biblioteca e bibliotecas de amigos, as capas brasileiras têm um estilo próprio. A seguir, Machado fala sobre a obra: Como se deu a escolha do período (1820 -1950)?…

Lincoln Secco lança “A Batalha dos Livros. Formação da Esquerda no Brasil”

Marc Bloch afirmou que, no desenvolvimento de uma disciplina, há momentos em que uma síntese, mesmo que pareça prematura, é mais importante do que várias monografias de análise. Isso porque, por vezes, é mais importante enunciar as questões principais, do que resolvê-las todas. A habilidade enunciada pelo historiador dos Annales é uma das muitas qualidades da nova obra do professor de História Contemporânea da Universidade de São Paulo, Lincoln Secco, cujo estilo ensaístico e sintético já foi visto no grande sucesso da produção historiográfica, História do PT, que atingiu a quinta edição em poucos anos. A Batalha dos Livros. Formação…

“Epigramas”: seleta de poemas satíricos e pornográficos da Roma Antiga

Escrever em poucos caracteres para passar uma mensagem assertiva é algo popular desde a criação do Twitter, há pouco mais de dez anos. Mas, esse recurso já era usado na Roma Antiga, há quase dois mil anos, por poetas como Marco Valério Marcial, para fazer poemas cômicos, pornográficos e de crítica social. Marcial, considerado o pai do epigrama (forma poética breve, marcada pelo estilo satírico e engenhoso), é autor dos “Epigramas”, edição bilíngue traduzida por Rodrigo Garcia Lopes e recém-lançado pela Ateliê. Confira a seguir alguns desses pequenos mas cortantes poemas:   I Você já leu, pediu, aqui está ele:…

Manual do Estilo Desconfiado

Fernando Paixão – conhecido por sua poesia e ensaística – está lançando o Manual do Estilo Desconfiado e adverte logo de partida: “Não é um manual de redação, nem pretende ensinar a escrever bem, mas dá umas boas dicas para ser desconfiado com os próprios textos”.  Seu interesse pelos assuntos da escrita vem desde a juventude, quando iniciou uma longa carreira de editor profissional, e permanece até agora, inclusive nos trabalhos que desenvolve na universidade. A ideia inicial  surgiu durante um curso sobre escrita de resenhas que o autor ministrou para alunos de graduação; a partir dos exercícios propostos e…

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Epigramas, de Marcial: tuítes cômicos e pornográficos da Roma do século I

Por Renata de Albuquerque Marco Valério Marcial é considerado o “pai do epigrama” – poema curto de viés satírico, pornográfico ou injurioso que marcou época na Roma Antiga. Apesar de sua importância e de sua conexão com a atualidade – quando os tuítes reinventaram a escrita econômica – as edições de Marcial são raras no Brasil. Para preencher essa lacuna e trazer ao conhecimento do público esta arte poética, a Ateliê  Editorial lança, em uma edição bilíngue especial, Epigramas, escritos por Marco Valério Marcial, e traduzidos diretamente do latim por Rodrigo Garcia Lopes. A edição é composta por 12 livrinhos,…

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Ateliê e Kotter: você conhece esta parceria?

São Paulo e Curitiba. A primeira é considerada a maior cidade do Brasil; a segunda abriga alguns dos consumidores mais exigentes do país. Ambas estão ligadas por uma parceria literária que já rendeu bons frutos. São Paulo é a sede da Ateliê Editorial, que reflete no nome o cuidado e o capricho com que realiza suas edições: livros sobre livros, clássicos em edições anotadas e explicativas e livros acadêmicos. Em Curitiba fica a Kotter Editorial, cuja filosofia é publicar trabalhos de qualidade, de autores inéditos ou não, com foco em humanidades, artes, literatura e filosofia. Ateliê e Kotter são coeditoras…