Leitura

“A Forma do Livro” é tema de debate
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“A Forma do Livro” é tema de debate

Tereza Bettinardi* Novembro foi o mês em que lemos e debatemos no Clube do Livro do Design o livro A Forma do Livro – Ensaios sobre Tipografia e Estética do Livro, escrito pelo tipógrafo e designer alemão Jan Tschichold (1902–1974). A escolha deste livro para encerrar esta primeira temporada do Clube não foi por acaso. Além da minha relação pessoal com o tema [trabalhando com design editorial há quase 15 anos], este livro também é um excelente ponto de partida para discutir a fascinante biografia de Tschichold. Tschichold foi, em momentos distintos, um expoente das duas grandes correntes estéticas que…

Uma livraria em meio às flores
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Uma livraria em meio às flores

Emília Amaral,  doutora pela Unicamp e professora de Literatura, é autora de O Leitor Segundo G.H. – Uma Análise do Romance A Paixão Segundo G.H. de Clarice Lispector Apaixonada por livros, ela acaba de abrir sua própria livraria, a Livraria Jardim das Delícias, na cidade de Holambra, em sociedade com a irmã, Dinda Amara. A seguir, ela conta o que a levou a esse empreendimento. Qual foi sua motivação para abrir uma livraria em um contexto em que a leitura se dá, cada vez mais, por meios digitais? Emília Amaral: Na verdade, acho que o livro de papel não está competindo com…

As viagens do texto
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As viagens do texto

Alex Sens* Comecei a escrever ficção aos treze anos de idade, depois de ler muito e sentir que eu também podia contar uma história que ainda não tinha descoberto ou que, na minha jovem e ingênua vida literária, nunca fora escrita. Publiquei meu primeiro livro aos vinte, depois de participar de antologias e escrever textos esparsos por encomenda. Na época, o processo de produção de um livro me parecia muito simples e lógico, uma linha traçada sem desvios com começo, meio e fim: escrever, enviar o original para uma editora, ter o original corrigido de todos os erros e então…

Um guia de viagem inusitado
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Um guia de viagem inusitado

O escritor e designer Gustavo Piqueira esteve na cidade de São Francisco do Pará em janeiro de 2020. Lá, fotografou todas as placas comerciais da cidade. O resultado é um documento que mais parece um mapa de viagem, com tiragem única de mil exemplares. “Ao desdobrar o enorme cartaz que exibe, condensado num intricado mosaico, todo o conteúdo do livro, o leitor é convidado a refletir sobre questões que vão da relação entre a linguagem visual e a mensagem da qual é portadora até o quanto um recorte do Brasil distante de seus centros econômicos é, de fato, representativo desse…

A Voz e o Tempo
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A Voz e o Tempo

Por: Renata de Albuquerque Vencedor do Prêmio Jabuti de Psicologia e Psicanálise 2009, A Voz e o Tempo – Reflexões para Jovens Terapeutas acaba de ganhar uma terceira edição. A novidade é um posfácio, escrito pelo autor, Roberto Gambini, no qual ele faz a reflexão/provocação: “Com que direito pode um analista declarar a verdade sobre seu paciente?”. No texto, a partir de sua experiência junguiano, Gambini escreve sobre como lida com o poder que a palavra que o analista tem para seus pacientes. Ele lembra que a psicanálise foi concebida como talking cure – a cura resultante da conversa e…

Cor para sublimar a dor
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Cor para sublimar a dor

“As Fontes Primárias de uma História Natural da Paleta do Artista”, de Philip Ball foi traduzido por Roberto Oliveira e disponibilizado gratuitamente, no formato de e-book, no site da Ateliê Editorial. O e-book traz história das cores nas pinturas antigas. Do que eram feitas as tintas na era pré-industrial? Com projeto gráfico de Gustavo Piqueira e Samia Jacintho/Casa Rex, As Fontes Primárias de uma História Natural da Paleta do Artista, Philip Ball dedica um capítulo para cada cor primária (vermelho, amarelo e azul), contando histórias e curiosidades, em uma leitura fluida, leve e cheia de informação. A seguir, o tradutor…

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A Nebulosa, de Joaquim Manuel de Macedo

Nesta resenha, Maria Louzada, do perfil de Instagram @vidabrevelivrosdemais, escreve sobre A Nebulosa: Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882) escreveu mais de vinte romances, entre eles o popularíssimo e delicioso romance de costumes da sociedade carioca: A Moreninha, seu primeiro livro, publicado em 1844. Ele nasceu em Itaboraí, formou-se em medicina, foi deputado, foi professor do Colégio Pedro II, fundou uma revista (“Revista Guanabara”) ao lado de Gonçalves Dias, e exerceu o ofício da pena, como se dizia em seus tempos que foram os do período imperial do Brasil. De talento versátil, escreveu, afora os romances, também: teatro, memórias, e enveredou…

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Dia Nacional do Livro: uma celebração brasileira

Você sabe por que 29 de outubro é o Dia Nacional do Livro? É que, em 1810, a Real Biblioteca Portuguesa foi transferida para o Brasil e, em 29 de outubro foi fundada a primeira biblioteca brasileira, a Biblioteca Nacional. O acervo havia chegado dois anos antes, época em que a Família Real Portuguesa aportou em Salvador. No acervo, além de livros, havia medalhas, mapas, moedas e estampas que se tornaram parte da Biblioteca Nacional. O primeiro livro editado no Brasil foi Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga. Para celebrar o Dia Nacional do Livro, a Ateliê preparou uma…

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Dia dos Professores: Dicas de leitura

No Brasil, o Dia dos Professores é comemorado em 15 de outubro. Mas você sabe por quê? A razão é que, nesta data, no ano de 1827, D. Pedro II baixou um decreto segundo o qual era obrigatório que todas as vilas, lugarejos e cidades brasileiras tivessem suas “escolas de primeiras letras”. Ali, os meninos seriam ensinados a escrever, calcular e ler. Já as meninas ficariam restritas aos ensinamentos que lhes pudessem ser úteis na vida doméstica: bordar, cozinhar, cuidar da casa. Apesar dessa diferença incomensurável, que aos poucos, com o passar do tempo, foi sendo diminuída, a implantação dessa…

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Leia trechos de Museu da Infância Eterna

A infância é uma energia que nunca morre, um tempo idílico de boas lembranças, que nos remete à pureza e à inocência. Miguel Sanches Neto reuniu, neste Museu da Infância Eterna, crônicas sobre este tempo delicado, “que podem ser lidas como um eterno presente”. A seguir, você tem acesso a alguns trechos do livro: “Mãe, pai e irmãos trabalhando sem lamúrias: aqueles eram anos de labor e alegria, de fé e fascínio, de suor e sono. Com o que ganhava, o menino podia comprar seu lanche, garrafas de sodinha e as bolinhas de gude, chamadas burcas. E Burca virá a…