Autor: Daniel De Luccas

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Confira as fotos do lançamento da “Revista Livro nº 4” e da “1ª Jornada de Editores Brasileiros – PUBLISHER? EDITOR?”

Na última terça-feira (03/03), a Livraria João Alexandre Barbosa recebeu dois grandes eventos. O primeiro intitulado 1ª Jornada de Editores Brasileiros – PUBLISHER? EDITOR?, organizado pelo corpo docente do curso de editoração da USP, Núcleo de Estudos do Livro e da Edição (NELE) e da Edusp, contou com os principais editores do país onde abordaram questões como os desafios do atual modelo editorial e da profissão de editor. Posteriormente, a livraria recebeu o lançamento da Revista Livro N.4, onde contou com a presença de seus autores e colaboradores.   Confira abaixo as fotos dos eventos!  

As bases irracionais do poder

Welington Andrade | Tribuna do Norte – Natal | Seção: Opinião | Novembro de 2014 O Alienista é uma obra-prima, construída na fase de maturidade da ficção de Machado de Assis. Precisamente: é a peça de abertura do livro Papéis Avulsos, publicado em 1882, pouco depois de surgirem para a literatura nacional as surpreendentes e monumentais Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881-82). Sobre a natureza de obra-prima, não conheço divergências. Elas existem, contudo, quando se pretende interpretar a fabulação e seus personagens. Uma dessas possíveis interpretações se concentra no foco demonstrativo de que o O Alienista é uma paródia e uma…

Morre o pesquisador e autor Edson Nery da Fonseca

Falece em Olinda Edson Nery da Fonseca, autor, pesquisador e bibliotecário. Faleceu na manhã deste domingo (22), em sua casa em Olinda, o pesquisador, escritor e bibliotecário Edson Nery da Fonseca.  Aos 92 anos de idade, o autor sofria de infecção urinária e pulmonar.  O falecimento ocorreu por volta das 7h30. O velório foi realizado na casa do próprio autor no sítio histórico de Olinda, onde parentes, amigos e admiradores compareceram para prestar as últimas homenagens. Considerado o maior especialista na obra do sociólogo Gilberto Freyre, Edson Nery da Fonseca organizou e publicou diversas obras sobre ele, como “O Grande…

Produção literária forma um conjunto coeso e expressivo

Luís Augusto Fischer | Folha de S. Paulo | 19 de Junho de 2014 Romances são incursões densas por temas nacionais e estrangeiros, mas foram eclipsados por carreira musical Contra o reconhecimento da excelência do Chico Buarque romancista pesam fatores vastos. Um deles terá a ver com o simples ciúmes: como pode ser um gênio da canção, com capacidade de expressar os sentimentos de todo e qualquer brasileiro, seja também bamba no gênero de maior prestígio letrado? Mas é. Seus quatro romances, um conjunto coeso, dos mais expressivos na atualidade em qualquer língua ocidental, são incursões substantivas tanto em temas de raiz…

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Ateliê Recomenda

Confira quatro exposições recomendadas especialmente para você ver esta semana. IBERÊ CAMARGO: UM TRÁGICO NOS TRÓPICOS. Em parceria com a Fundação Iberê Camargo,  o CCBB (Centro Cultura Banco do Brasil), exibe até o dia 7 de julho a mostra, Iberê Camargo: Um trágico nos trópicos. A mostra dedicada ao pintor, gravador, desenhista, escritor e professor gaúcho, aborda a questão do Homem, seu corpo e sua existência, marca que percorre sua produção artística desde os anos 1940 até sua morte, em 1994.  A exposição possui curadoria de Luiz Camillo Osório, professor da PUC-RJ e curador do Museu de Arte Moderna do Rio…

Matrizes Impressas do Oral – Conto Russo no Sertão

Resultado de muitos anos de pesquisa da autora, livro traz estudos sobre o conto tradicional, culturas populares mitopoéticas, histórias para crianças, culturas comparadas, comunicação oral e performance Em seu novo livro Matrizes Impressas do Oral – Conto Russo no Sertão, Jerusa Pires Ferreira cruza observações teóricas acerca de oralidade, escrita, memória impressa e do conto popular ancestral, que se recria, atualiza e reinventa no nordeste brasileiro, em textos e imagens. A autora apresenta experiências vivas, e propõe a partir daí um modo de lidar com esses materiais mitopoéticos, em várias de suas possibilidades. Nesta obra agregam-se observações diversas, em que…

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A arte do granito

Alex Sens Fuziy Há mais de dez anos, as quatro paredes dos dois banheiros da casa foram cobertas de granito. São fragmentos de cores leitosas e escuras, espelhadas, placas pontudas, formas geométricas, cacos que alisam a luz do ambiente e refletem qualquer coisa de arte, de sonho gráfico, de selvageria icástica, de linguagem de um tempo duro, preso em si mesmo. Fascinam-me as pedras, seus reflexos, pigmentos, contornos, seus veios e ilhotas de cores cuja essência também se derrama em ímpeto no talento de um fauvista mais observador. Composto essencialmente de mica, quartzo e feldspato, o granito é uma obra…

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Lançamento do livro Matrizes Impressas do Oral – Conto Russo no Sertão

Ateliê Editorial | Assessoria de Imprensa   No último dia 31 de maio, a professora e escritora Jerusa Pires Ferreira lançou seu novo livro Matrizes Impressas do Oral – Conto Russo no Sertão. Nesta obra a autora cruza observações teóricas acerca de oralidade, escrita, memória impressa e do conto popular ancestral, que se recria, atualiza e reinventa no nordeste brasileiro, em textos e imagens. A autora ainda apresenta experiências vivas, e propõe a partir daí um modo de lidar com esses materiais mitopoéticos, em várias de suas possibilidades.       Acesse o livro na loja virtual da Ateliê Leia o…

Achik-Kerib: História turca

Folha de S. Paulo | 9 de Fevereiro de 2014 O “Achik Kerib” é uma das narrativas estudadas por Jerusa Pires Ferreira em Matrizes Impressas do Oral – Conto Russo no Sertão, livro que trata da “tradição oral, das mitopoéticas e do conto popular universal, passando à recriação desses textos por grandes escritores”, conforme descreve sua autora.    MUITOS ANOS ATRÁS, na cidade de Tíflis¹, vivia um turco rico; Alá lhe deu muito ouro, porém mais valioso que o ouro era sua filha única Magul-Meguéri. São belos os astros do céu, mas atrás dos astros vivem anjos que são ainda mais…

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O Nheengatu que dá barato

José Ribamar Bessa Freire | Diário do Amazonas | 25 de maio de 2014 Tinha cara de bebê chorão. Morava na Ilha do Governador, no Rio. Não lembro mais o nome dele. Agnaldo ou Agnando, uma coisa assim, mas era conhecido como Pindá. Como qualquer vendedor de drogas em porta de escola, percorria diariamente universidades para abastecer a clientela, cujos vícios e gostos conhecia muito bem. Na UERJ, se esgueirava pelos corredores, qual felino de mansa pisada. Ia de sala em sala, levando a mercadoria. Silencioso e discreto, só abordava os consumidores potenciais sem presença de testemunhas. Um belo dia, sumiu. Dizem que…