Autor: Daniel De Luccas

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Robert Creeley

André Caramuru Aubert | Jornal Rascunho | Maio de 2014 O poeta norte-americano Robert Creeley (1926-2005) é, entre seus conterrâneos e contemporâneos, um dos mais conhecidos (ou menos desconhecidos) no Brasil. Além da qualidade de sua obra, talvez tenha ajudado, para isso, o fato de Creeley ter estado em São Paulo e conhecido alguns de nossos poetas. O fato é que ele deixou por aqui alguns admiradores importantes, como Ruy Vasconcelos e, principalmente, Régis Bonvicino, editor e tradutor de uma excelente coletânea brasileira (A UM, Poemas. Ed. bilíngue, Ateliê Editorial, 1997). Ainda assim, diante de tudo o que Robert Creeley produziu, o que…

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O poder transformador dos livros

Vivian Nani Ayres | Brasileiros | Abril de 2014 Como se deu a publicação e difusão de livros comunistas no Brasil e na França  Os livros fazem revoluções? Podem existir muitos protestos diante dessa pergunta, mas não se pode negar que uma das principais armas contra as ideias que ousaram questionar o status quo foi a perseguição aos livros considerados “subversivos”. É difícil encontrar alguém que conteste o poder transformador dos livros. Mesmo aqueles que só têm contato com esse objeto em sua esfera privada sabem que ao fecharem um livro depois da leitura encontram diante do espelho uma pessoa diferente….

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O Som da Imagem

Oliviero Pluviano | Carta Capital | 7 de maio de 2014 RARAMENTE pensamos na morte. Existe um antídoto que nos impede de lembrar a todo instante que tudo acaba, que nascemos de un polvo (como os espanhóis chamam o momento da geração) e fatalmente voltaremos a ser poeira. É a mesma defesa psicológica a impedir que nos aterrorize nas noites estreladas a nossa condição de infinitésimos habitantes da Terra com os corpos celestes. Quem sabe esse remédio milagroso se chame vida? A morte dos outros passa perto de nós todos os dias: quem nunca viu um motoboy agonizando no asfalto em uma…

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Perda Reconstruída

Renato Tardivo O título da coletânea de contos de Elisa Nazarian, Bilhete Seco, inicialmente me chamou a atenção por dois motivos. O primeiro: ocorreu-me o conto “O Ventre Seco”, de Raduan Nassar, texto colérico que diz da relação do narrador com duas mulheres importantes de sua vida. O segundo: “bilhete seco”, se não chega a ser um paradoxo, causa alguma estranheza – bilhetes são molhados por excelência. Bem, como não raro ocorre, eu poderia me desfazer dessas impressões ao fim da leitura. Mas, ao terminar o livro, foram justamente essas associações que me vieram, evidentemente transformadas por – e acrescidas…

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Entrevista com Waldecy Tenório que lançou Escritores, Gatos e Teologia

Ateliê Editorial | Assessoria de Imprensa No último dia 7 de maio, o professor, escritor e jornalista Waldecy Tenório lançou seu novo livro Escritores, Gatos e Teologia.  Nesta obra o autor continua com o tema já abordado em seu primeiro livro pela Ateliê – A Bailadora Andaluza –, que é aproximar Literatura e Teologia. O lançamento foi na Livraria da Vila da rua Fradique Coutinho e teve a participação de muitos amigos e colegas. Durante o evento, Luciana Frateschi leu trechos da obra, e Luciana Celo cantou poemas musicados de Drummond, Cecília Meireles, Adélia Prado e outros, acompanhada pelo violão de Raphael…

Machado de Assis e Shakespeare

Ubiratan Brasil | Estado de São Paulo | 26 de abril de 2014 Para autor, é fundamental na obra de Machado de Assis a presença da peça de Shakespeare  Em sua pesquisa sobre a importância de Shakespeare na obra de Machado de Assis, José Luiz Passos fez importantes descobertas. Percebeu, por exemplo, que o autor brasileiro se refere a Otelo ao menos 30 vezes em sua obra. “Ele tenta reescrever Otelo em vários contos, flerta com isso em Ressurreição, no qual cita lago, até atingir o auge em Dom Casmurro“; observa ele, lembrando de uma obra clássica dos anos 1960, O Otelo Brasileiro de…

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Valéry e Nerval: o eu inesgotável

Felipe Fortuna | Valor Econômico | 04 de abril de 2014 Dois lançamentos permitem novas incursões na obra dos dois poetas franceses bem como no trabalho de tradução de poesia para o português.   As numerosas diferenças entre Gérard de Nerval (1808-1855) e Paul Valéry (1871-1945) não são apenas as da cronologia, mas sobretudo de concepção da obra literária. Para o escritor de Les Filles Du Feu (1854), os símbolos do hermetismo – saturados de mensagens esotéricas e de vigoroso discurso místico – se transfiguravam em literatura. Já para o escritor de Charmes (1926), disciplina e rigor deveriam ser forças simultâneas na construção da prosa e…

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Vocabulário Português-Nheengatu – Nheengatu-Português, de Ermanno Stradelli

Ateliê Editorial | Assessoria de Imprensa O livro preenche lacuna no conhecimento da língua que falamos hoje no Brasil, palavras como pipoca, paçoca, cuia, carioca, caipira, entre outras; e pronúncias como oreia, cuié, muié, e outras tantas, tem origem no nheengatu, a língua geral das populações da bacia amazônica e, ainda, oficial em região do Alto Rio Negro Quando morreu em 1926, Ermanno Stradelli deixou sua obra, o Vocabulário Português-Nheengatu – Nheengatu-Português, inédita, e só foi publicada postumamente, em formato de revista, pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, em 1929. Para o leitor de hoje esta edição da Ateliê Editorial ajuda…

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Chuva de dúvidas

Bruno Molinero | Folha de São Paulo | 29 de março de 2014 Um rato vivia embaixo de um celeiro e se alimentava de restos de comida que caíam por um buraquinho no chão. Certo dia, ele decidiu aumentar o tamanho do furo. Um camponês, porém, percebeu o grande buraco e decidiu tapá-lo. Essa é uma das histórias que o escritor russo Liev Tolstói (1828-1910) contava para crianças que estudavam na escola que ele mantinha em sua propriedade. Os textos agora estão reunidos em Contos da Nova Cartilha – Segundo Livro de Leitura, que tem também um outro volume a ser lançado….

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Casa da Escrita: encontro com Beatriz Helena Ramos Amaral (Coimbra)

Caros amigos do “Clube dos Amigos da Casa da Escrita”, na próxima segunda-feira, 14 de Abril às 18h00, decorrerá um encontro com a escritora brasileira Beatriz Helena Ramos Amaral, sob o lema: “A Música na Raiz do Poema: Interconexões e Ressonâncias”. Nele percorreremos “A música na raiz: a poesia de Beatriz Helena Ramos Amaral” e “A trajectória poética de Edgard Braga”. A entrada é livre.   Na primeira parte, a poeta e ensaísta apresenta: poemas de sua autoria, do CD RESSONÂNCIAS (por ela gravado em 2010 em parceria com o músico Alberto Marsicano – voz/poesia e sitar indiano/MCK). São poemas…