São Paulo, 470 anos: confira uma seleção de livros da Ateliê Editorial sobre a metrópole

No aniversário de 470 anos de São Paulo, que será no dia 25 de janeiro, a Ateliê Editorial realiza uma seleção de livro de seu catálogo que tem a metrópole como tema.

Confira abaixo a seleção:

Protagonistas por toda parte. Assim é São Paulo – Vidas, um encontro com os personagens conhecidos e anônimos que constroem a vida paulistana. Para além dos clichês de grandiosidade e velocidade, os textos e as ilustrações de Vincenzo Scarpellini apresentam o homem como medida do lugar onde vive. Ora nostálgico, ora irônico, o livro apresenta uma leitura sensível e delicada de uma metrópole tão áspera aos que nela moram e transitam. Acesse aqui.

São Paulo – Trânsitos apresenta a maior metrópole brasileira por um prisma diferente, porque fala com sensibilidade dos que passam, dos que ficam e dos que são ultrapassados. Assim, a Pauliceia frenética, massacrante e impessoal é recriada de uma perspectiva mais humana. Com apresentação de Carlos Moraes, as ilustrações e os textos do artista gráfico e designer italiano Vincenzo Scarpellini dão alguma cor ao cotidiano cinza da cidade. Acesse aqui.

Projetos monumentais, falta de planejamento, especulação imobiliária e segregação da pobreza. Esses são alguns dos aspectos que marcaram a transformação de São Paulo, de capital provinciana a grande metrópole, na passagem para o século XX. Fartamente ilustrado, este livro revela traços usualmente omitidos nas narrativas tradicionais e nostálgicas sobre o tema. Por isso, Prelúdios da Metrópole é leitura essencial a quem estuda a cidade de São Paulo, sua arquitetura e sua evolução sociocultural. Acesse aqui.

Os judeus que vieram do Oriente Médio e se estabeleceram em São Paulo e no Rio de Janeiro compõem um grupo bastante heterogêneo. A autora mostra, neste livro, a multiplicidade de trajetórias e as estratégias de sobrevivência. Ela parte tanto de depoimentos orais quanto de vasta documentação (jornais, atas, estatutos de sinagogas e sociedades beneficentes etc.). Fotos, tabelas, gráficos e mapas ilustram o estudo, que vem acompanhado de um CD com o esboço genealógico das famílias de imigrantes. Acesse aqui.

O objetivo inicial da obra foi o levantamento da produção editorial de Massao Ohno – morto em 2010 -, apresentada cronologicamente, e que pode servir de referência para outras abordagens de sua carreira. Houve também o propósito de conferir a colaboração dos artistas, seus parceiros no desenho de capas e ilustrações. Acompanham a reprodução colorida das capas, apontamentos históricos, biográficos e depoimentos, relacionados aos autores e às obras. Deste rastreamento são reproduzidas capas de 174 obras, que permitem observar como se deu e se firmou sua marca. Mesmo sem acesso a toda sua produção, são destacadas algumas preferências de Massao e a primeira fase da editora, de 1960 a 1964. Acesse aqui.

Este livro se propõe a discutir a história da habitação e suas transformações, a partir dos edifícios com apartamentos duplex que traziam embutidos novos possíveis modos de se viver nas cidades, e incorporando questões como a passagem do tempo e as mudanças de latitude e de contexto social. Os exemplos analisados nos conduzem para os usos, em especial para a vida doméstica da principal usuária dos espaços domésticos: a mulher. Elas aparecem nesses ambientes em múltiplas atividades, dos cuidados cotidianos com a casa e com o outro até as festividades e momentos de comensalidade. Acesse aqui.

Com projeto gráfico do artista Julio Plaza (1937-2003), a nova edição traz também encartado um CD com quinze dos poemas que pertencem ao livro. Dez dessas músicas fazem parte do álbum Poesia É Risco, lançado em 1995, com arranjos musicais e sonorização de Cid Campos, filho do poeta. Acesse aqui.

Couto de Barros, conhecido por seus amigos como “filósofo da malta”, participou ativamente do cenário econômico e cultural paulistano durante o século XX. Com uma extensa produção publicada nos principais periódicos das décadas de 1920 e 1930 (Klaxon, Estética, Revista do Brasil, Terra Roxa e Outras Terras, Verde, Ariel, O Mundo Ford, Revista Nova, Geografia, Diário Nacional, A Gazeta, A Manhã, O Estado de S. Paulo), o modernista seguiu uma atividade intelectual empenhada em pensar e servir ao país. Acesse aqui.

O Modernismo mudou a fisionomia da arte de São Paulo, visível até hoje. Movimento avassalador, impulsionado pelo boom do café e da industrialização, contribuiu para a fantástica expansão do Estado. Um dos nomes da elite paulista, participante ativo em todas as atividades culturais, políticas e econômicas, foi Antônio Carlos Couto de Barros (1896-1966), tratado por Couto de Barros, ou simplesmente Couto. Integrou a Liga Nacionalista de São Paulo, e colaborou com vários textos a propósito da construção de um país dos sonhos dessa classe. Durante o ano de 1922, polemizava nas páginas de A Gazeta, escondido pelo pseudônimo de Clodomiro Santarém. Ajudou a fundar a primeira revista modernista, Klaxon, organizada e administrada no seu escritório, na Rua Direita, em sociedade com Tácito de Almeida. Acesse aqui.

A obra relata as histórias de vida da imigração japonesa no Brasil, sendo um retrato memorial da repressão dos imigrantes japoneses e seus descendentes durante a Segunda Guerra Mundial. O autor não se limita a descrever as experiências pessoais, que também fora perseguido e preso na época. Acesse aqui.

Muitos jornais de militância política foram proibidos de circular pelo extinto Departamento de Ordem Política e Social de São Paulo. Neste livro, estão reunidas as publicações confiscadas por esse órgão entre 1924 e 1954. Esses registros, agora públicos, mostram de que maneira cada governo do período vigiou e reprimiu a livre expressão de ideias. Os documentos revelam, assim, as estratégias de censura adotadas pelas autoridades políticas para construir sua própria versão da história. Acesse aqui.

Esse clássico da literatura brasileira acaba de receber uma edição para colecionadores. A tiragem é limitada e numerada. Gustavo Piqueira, da Casa Rex, um dos mais premiados designers gráficos do País, é o responsável pelo projeto gráfico e ilustrações da edição. Piqueira, conhecido por testar os limites do livro impresso, chegou ao formato “dobra-desdobra”, que permite uma leitura tanto “bem comportada”, quanto “uma espécie de pavão escandaloso de papel”, como ele mesmo define, mutabilidade que tem relação com a própria natureza da obra de Mário de Andrade. São 16 ilustrações impressas em serigrafia e coladas manualmente no livro. Acesse aqui.

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