Dia: 05/03/2013

Queixa-se o poeta de sua cidade no seu aniversário e recebe ajuda dos seus poetas mortos

O Estado de S. Paulo | 25.01.2013 Somos todos vítimas da última chacina. Somos todos cúmplices do próximo disparo. Anchieta, do alto do pátio: “Ah terrível bombardada Da morte espantosa! Como vem guerreira E temerosa!” Uns, acordam para a notícia: a noite em dados urgentes. Números frios, outrora vida, agora, nus, indiferentes Maneco grita do largo: Cavaleiro das armas escuras, Onde vais pelas trevas impuras Com a espada sanguenta na mão? E a noite segue calma Para quem se esconde, segue jorrando sangue para quem não há onde. Mário prevê noite e dia: dentro de muros sem pulos Mais uma…