Mês: julho 2018

“Konstantinos Kaváfis – 60 poemas” ganha nova edição

A literatura grega não é feita apenas de textos do período clássico da Idade Antiga. Autores mais recentes também reservam ao leitor experiências literárias impactantes, como é o caso de Konstantinos Kaváfis (1863 – 1933), considerado um dos mais importantes escritores cuja produção foi elaborada em grego moderno. Autor de mais de 150 poemas, teve sua obra reunida apenas postumamente.  “Konstantinos Kaváfis – 60 poemas”, tem seleção e notas de Trajano Vieira, um dos mais importantes pesquisadores da cultura helênica no Brasil. Na obra, o leitor tem a oportunidade de entrar em contato com um universo esteticamente rico e provocador….

“Moleque de fábrica”: memória de um trabalhador

“Moleque de fábrica”: memória de um trabalhador

Por Carina Pedro * O livro “Moleque de Fábrica – Uma Arqueologia da Memória Social” do sociólogo e professor José de Souza Martins é um mergulho profundo nas memórias do autor, da sua infância à maturidade, das difíceis relações familiares e profissionais estabelecidas entre o campo e a cidade, que ajudaram a formar o homem adulto e acadêmico, crítico de sua própria trajetória. São memórias com as quais muitos brasileiros vão se identificar, seja pela imigração de seus antepassados, pela infância no interior e na cidade (uma das do ABC paulista), em meados dos anos cinquenta, quando ser operário de…

Férias: tempo de descansar e reenergizar

Férias: tempo de descansar e reenergizar

Por Renata de Albuquerque* “Enfim, férias!”. Para qualquer pessoa, de qualquer idade, a palavra “férias” traz consigo uma sensação de felicidade e tranquilidade. É a chance de escapar das pressões do cotidiano, de ter tempo para fazer apenas o que se quer, de dedicar-se exclusivamente àquilo que mais se gosta, sem ter obrigações a cumprir: viajar, relaxar, colocar as leituras em dia e recarregar as energias gastas. E as férias não são bem-vindas à toa. Vivemos uma rotina com a sensação de que temos cada vez menos tempo disponível, mais tarefas a executar, mais trânsito. O estresse diário afeta a…

“Moby Dick”, o romance infinito

Maria Schtine Viana* Na obra Por quê ler os clássicos?,  Italo Calvino faz a seguinte afirmação: “Um clássico é um livro que nunca termina de dizer aquilo que tinha para dizer”. Isso significa que o clássico é uma obra aberta, em que os sentidos podem ser revistos a cada nova geração de leitor, de acordo com os valores do tempo em que está sendo lida. Mas essa inesgotabilidade de sentidos também pode ser associada ao fato de que a cada nova leitura que fazemos de um clássico termos a sensação que estar lendo uma obra nova. Recentemente reli Moby Dick,…