Instituto de Estudos Brasileiros e a Universidade de São Paulo realizam o lançamento de ‘José Paulo Paes – Crítica reunida sobre literatura brasileira’

O Instituto de Estudos Brasileiros e a Universidade de São Paulo apresentam o IEBinário de outubro com o clico de palestras e lançamento da obra José Paulo Paes – Crítica reunida sobre literatura brasileira, com as presenças de Fernando Paixão (IEB), Marcos Pasche (UFRRJ), André Botelho (UFRJ) e a jornalista e escritora Josélia Aguiar. O evento acontece no dia 30, segunda-feira, das 15h às 17h, e será transmitido no canal no Youtube do Instituto de Estudos Brasileiros – IEB / USP (ACESSE AQUI). O IEBinário realiza conversas, palestras e discussões sobre os assuntos relativos ao Instituto de Estudos Brasileiros IEB-USP (mais informações aqui).

Criado por Sérgio Buarque de Holanda, em 1962, o Instituto de Estudos Brasileiros é um centro multidisciplinar de pesquisas e documentação sobre a história e as culturas do Brasil. Tem como desafio fundador a reflexão sobre a sociedade brasileira, envolvendo a articulação de diferentes áreas das humanidades.Contemplado em 1995 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) com o prêmio Rodrigo de Melo Franco de Andrade na categoria Preservação de Acervos Culturais Móveis e Imóveis, o IEB tem sob sua responsabilidade a guarda e a manutenção de um acervo excepcional. Tal acervo é formado por um expressivo conjunto de fundos pessoais – constituídos em vida por artistas e intelectuais brasileiros -, e que estão distribuídos entre o Arquivo, a Biblioteca e a Coleção de Artes Visuais.

SOBRE OS LIVROS

A Ateliê Editorial e Cepe Editora publicam a obra, em dois volumes, Crítica Reunida sobre Literatura Brasileira e Inéditos em Livros, de José Paulo Paes. A coletânea foi organizada por Fernando Paixão, poeta e professor de literatura no Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo, e Ieda Lebensztayn, crítica literária, pesquisadora e ensaísta. Estes dois volumes reúnem toda a produção crítica de Paes em torno a temas e escritores da literatura brasileira, publicada por ele em diversos livros ao longo de mais de quatro décadas. Complementa ainda uma seção de inéditos em livro, compilados do seu arquivo pessoal e de hemerotecas.

A reunião deste conjunto é importante porque revela em sua inteireza um pensador livre, maduro e distante dos liames acadêmicos. Interessado por temas e escritores diversos – de gregos a baianos, como costumava dizer –, suas análises contemplam a urdidura do texto em correlação estreita com o contexto e a biografia do autor. Páginas de um crítico refinado e original.

Destacam-se os capítulos: As Quatro Vidas de Augusto dos Anjos; A Armadilha de Narciso [Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis]; Uma Voz da Babilônia (Sobre Meu Querido Assassino, de Dalton Trevisan); Cinco Livros do Modernismo Brasileiro [Pauliceia Desvairada, de Mário de Andrade; Pau-Brasil e Memórias Sentimentais de João Miramar, de Oswald de Andrade; Macunaíma, de Mário de Andrade; Brás, Bexiga e Barra Funda, de Alcântara Machado]; Um Sequestro do Divino (Sobre os Contos de Murilo Rubião), no primeiro volume. Já o segundo volume, conta com os textos: A Circunstância Pré-Modernista; Uma Semântica da Paisagem; A Morte Carnavalizada (Sobre A Morte e a Morte de Quincas Berro d’Água); Entre a Nudez e o Mito (Sobre As Horas Nuas de Lygia Fagundes Telles); Revisitação de Jorge de Lima (Sobre Os Melhores Poemas de Jorge de Lima); As Lições da Pedra (Sobre Do Silêncio da Pedra de Donizete Galvão); Uma Contista do Interior (Contos de Cidadezinha, de Ruth Guimarães); e Amor/Humor por Via Postal [Sobre Cartas de Amor a Heloísa, de Graciliano Ramos].

Poeta, crítico literário, tradutor e editor, José Paulo Paes foi um intelectual de primeira linha no Brasil do século XX. Sua formação começou pelos estudos de química, mas logo se voltou para o campo das letras, em que se tornou autodidata e criador incansável. Faleceu em 1998.

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