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Teatro Ídiche é tema de exposição no MIS

Revista: Arquivo Histórico Judaico Brasileiro

Estrelas Errantes – Memória do Teatro Ídiche no BrasilNachman Falbel lançou livro no evento que estará aberto ao público até 15 de setembro

O Governo do Estado de São Paulo, Secretaria da Cultura, Museu da Imagem e do Som e Arquivo Histórico Judaico Brasileiro promoveram a abertura da exposição “Estrelas errantes: Memória do Teatro Ídiche no Brasil” no dia 17 de julho de 2013, que contou com a presença de diversas autoridades e o lançamento do livro de Nachman Falbel.

Segundo o autor do livro, a exposição resulta de uma longa pesquisa sobre a cultura ídiche em nosso país. Trazida às Américas pelos imigrantes da Europa Oriental, essa cultura sedimentada durante séculos foi dizimada em seus países de origem pela ocupação alemã durante a Segunda Guerra Mundial e, posteriormente, pelo regime stalinista. Depois, sofreu em todo o mundo o acelerado processo de aculturação que tomou conta das comunidades judias.

O moderno teatro ídiche, assim como o conhecemos, surgiu no século XIX e teve seu momento de afirmação com Abraham Goldfaden (1840-1908), que encenou suas peças na Romênia a partir de 1876. Inicialmente o teatro apresentou-se como expressão artística voltada ao entretenimento das camadas populares, mas aos poucos passou a atrair a intelectual idade judaica e, assim, elevou seu nível literário e dramatúrgico. Graças a talentos escritores, o teatro ídiche se revelou importante veículo de reflexão sobre questões sociais, políticas e culturais do mundo judaico, daí o grande número de companhias que deram uma notável contribuição à arte da representação teatral.

A presença do teatro ídiche no Brasil pode ser notada nos círculos de teatro amador no Rio de Janeiro e em São Paulo, por vezes também em outras capitais. Atores-diretores europeus convidados para atuar em instituições culturais locais conjugaram seus conhecimentos e experiência com dedicados homens de teatro que haviam imigrado anteriormente. Assim como a literatura e a imprensa, o teatro ídiche teve seu momento áureo como parte da cultura do imigrante.

As trupes que por aqui passaram, assim como os grupos ou círculos dramáticos locais, deixaram às gerações posteriores um lastro cultural precioso. Cabe a nós a tarefa de resgatá-lo do esquecimento.

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