Marcos Siscar

Poesia da Ateliê entre semifinalistas do Prêmio Portugal Telecom

. Três livros de poesia da Ateliê Editorial estão entre os 50 semifinalistas do Prêmio Portugal Telecom. O prêmio contempla romance, conto, poesia, crônica, dramaturgia e autobiografia, escritos em língua portuguesa e publicados em 2010. . Os livros que representam a Ateliê nesta edição do prêmio são Palavra e Rosto, de Fernando Paixão, Interior Via Satélite, de Marcos Siscar e Memória Futura, de Paulo Franchetti. . . Palavra e Rosto Fernando Paixão . R$ 50 | 18 x 27 cm | 128 pp . . . . Interior Via Satélite Marcos Siscar . R$ 47 | 18 x 27 cm | 104 pp . ….

Os impasses da atual poesia brasileira

Por Alcir Pécora Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/prosa/posts/2010/12/04/os-impasses-da-atual-poesia-brasileira-por-alcir-pecora-346484.asp As obras Palavra e Rosto, de Fernando Paixão; Interior Via Satélite, de Marcos Siscar e A Estrela Fria, de José Almino são três lançamentos não triviais de poesia e de pensamento sobre a poesia. Cada um deles, além de se produzir como objeto de interesse por si mesmo, ajuda a entender certos impasses atuais do gênero no Brasil, a mapear a dificuldade do novo —, isto que é exigência e risco inerentes ao legado cultural que baliza toda criação. E é justamente tendo o incômodo como horizonte que Paixão opta por tomar a poesia de…

Interior Via Satélite, de Marcos Siscar, debate o lugar da poesia

(Jair Ferreira dos Santos – Jornal do Brasil) . Paira sobre a cena literária, há bom tempo, uma pergunta ainda sem resposta: qual é a poesia possível no mundo contemporâneo, que parece condenado à prosa? Pois formatada pelos objetos e saberes tecnocientíficos, assim como pela parolice comercial das mídias, nossa época descarta o poema, arcaísmo silenciado sob o império da informação em linguagem corrente. Há quem se escandalize com essa hegemonia, mas há também os que aderem a ela estrategicamente. É o que se propõe Marcos Siscar, poeta, tradutor e professor da Unesp em São José do Rio Preto e…

Interior Via Satélite

apollinaire viu paris de avião memorfoseado em cristo cavalo alado da transcendência moderna. apollo 13 reconheceu a muralha da china fotografou o mundo inseriu cicatrizes com tinta forte. hobsbawn do espaço vê nos pontos de luz as trevas da riqueza global. vim vê-lo interior por inteiro. a discordância de luzes refletida nos olhos sozinha não explica nossa intimidade nossas esperanças nossas hipóteses de confins. a cruel necessidade desta outra sombra onde nada se vê. a discordância são meus olhos.

Resenha do Interior Via Satélite por Masé Lemos

. Entre subidas e decidas (por Masé Lemos) . Deslocamento, escala e deriva. Marcos Siscar é um dos nomes mais importantes da poesia brasileira contemporânea. Sua singular forma poética é marcada pela perífrase, pela pontuação inusitada, que conduz o leitor à deriva, ao caminhar entre desvios e atalhos que acabam por perturbar o sentido. Esse tipo de escrita, que interessa também a uma certa filosofia, escava através de um trabalho irritado, nervoso e contrariado, a linguagem, visando sair da dialética. Mas se a dialética é o limite que se quer transgredido, porém nunca ultrapassável, a transgressão não é um triunfo,…

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Dica do Guia da Folha

INTERIOR VIA SATÉLITE O interior sempre esteve presente na poesia de Marcos Siscar, poeta nascido em Borborema e autor de Não se Diz e Metade da Arte, entre outros. No entanto, este tema se entrelaçava com outros, principalmente com a sua preocupação com o desgaste da palavra na poesia, e com as possibilidades da expressão, sempre tão escorregadia. Em Interior Via Satélite, seu quarto livro de poemas, o poeta explora as acepções da palavra “interior”, que é tanto um lugar à margem do grande centro quanto a subjetividade do poeta. Para isso, ele trabalha num jogo vertiginoso de aproximação e…

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Poesia por dentro e por fora

Igor Fagundes – Jornal Rascunho Depois de Interior Via Satélite, ou ainda agora, em seu não ultrapassado instante, a crítica inquietamente se pergunta em que medida atinge o interior de um livro mantendo-se fora dele; em que medida, satélite, se faz via de proximidade extrema com o que persiste longe; em que medida, estrangeira, da geologia de um livro revela-se íntima; em que medida, íntima, se contradiz uma vez mais estrangeira, pois, afinal, “estar perto da própria coisa não está longe do extravio”. Em que medida parece a pergunta e a resposta de uma obra debruçada nos limites do próprio…

Resenhas na Edição 146 da Revista Cult

Ficção Interrompida Diógenes Moura Violência, amor, sexo, tormento e solidão nas grandes cidades brasileiras captados de maneira quase cinematográfica. Eis a explicação para o subtítulo deste livro de contos do pernambucano Diógenes Moura: “uma caixa de curtas”. Nas 41 pequenas narrativas que integram a obra, são expostos os questionamentos e o drama de homens comuns, identificados apenas com as iniciais de seus nomes. Por vezes, dá-se a impressão que passamos de um conto a outro como que num plano-sequência, a plasmar a fatalidade e a contingência dos personagens – recurso talvez explicado pelos conhecimentos de fotografia adquiridos pelo autor, curador…