|

O Curioso Caso de Benjamin Button: do conto de Fitzgerald ao premiado longa de Fincher

O filme O Curioso Caso de Benjamin Button, lançado nos Estados Unidos em 2008, fez sucesso sob a direção de David Fincher, arrebatando, no Oscar de 2009, os prêmios de Melhores Efeitos Especiais, Melhor Direção de Arte e Melhor Maquiagem. Fazem parte do elenco Brad Pitt e Cate Blanchett, dando vida a Benjamin Button e Daisy, personagens adaptados do conto de Francis Scott Fitzgerald, no qual o filme é inspirado. Lançado em 1921, o conto faz parte da compilação Contos da Era do Jazz e trata de uma interessante inversão na vida de Benjamin Button, homem que nasce velho e…

Generosidade e Gratidão em Arte, Dor

O livro Arte, Dor – Inquietudes entre Estética e Psicanálise (Ateliê Editorial), de João A. Frayze-Pereira, foi recentemente lançado em segunda edição – revista e ampliada (a primeira edição é de 2006). João Frayze é psicanalista, livre-docente pela USP e crítico de arte. Arte, dor reúne uma série de trabalhos que fazem do autor um dos nomes mais importantes – talvez o maior deles – em Psicologia da Arte no Brasil. Os capítulos, embora independentes entre si, compõem uma tese; tese que se desenvolve pelo negativo, isto é, pela incansável desconstrução da realidade ingênua, de conceitos cristalizados, em suma, por…

|

O cardápio de livrarias da Capital Mundial do Livro

Guia inédito rende homenagem à Buenos Aires, que está ainda mais livreira este ano Buenos Aires é conhecida pela sua tradição livreira. A cidade tem uma livraria para cada 6 mil habitantes – no Brasil, a média é de 64 mil habitantes por livraria. Um dos motivos deste sucesso livreiro foi a emigração de vários editores espanhóis para a Argentina, durante a guerra civil na Espanha (1936 – 1939). Este ano, Buenos Aires foi a décima primeira cidade designada Capital Mundial do Livro pela UNESCO. Até abril de 2012 a cidade estará recheada de programações para todos os gostos, como…

|

O machado é para o lenhador como a máquina de escrever para o…

A figura do cozinheiro geralmente é representada por um homem de roupas claras pontilhadas por botões escuros e um rosto arredondado encimado por um chapéu branco de mestre-cuca; a do lenhador, por um homem de camisa axadrezada, jeans apertados e membros superiores fortes segurando um machado; a da bailarina, por uma mulher jovem e de corpo esguio, com cabelos severamente presos, sapatilhas de cetim e uma saia de tule gaze. A figura do escritor, assim como a do pintor, é comumente representada por seus materiais de trabalho, e não por sua indumentária ou aparência física. No imaginário romântico, o escritor…

Ateliê Editorial é finalista em duas categorias do Prêmio Jabuti 2011

Ficção Interrompida [uma caixa de curtas] e O Altar & o Trono – Dinâmica do Poder em O Alienista são os finalistas. A CBL divulgou recentemente os finalistas do Prêmio Jabuti 2011. Este ano, a Ateliê concorre em duas categorias. O livro de contos curtos, Ficção Interrompida [uma caixa de curtas], de Diógenes Moura, concorre na categoria Contos e Crônicas. A obra venceu o Prêmio APCA 2010 de Literatura, na mesma categoria.  E o livro de ensaio, O Altar & o Trono – Dinâmica do Poder em O Alienista, de Ivan Teixeira,  está entre os melhores da Teoria / Crítica…

|

Sensibilidade e suspense na trajetória de Grenoille, em O Perfume

… as pessoas podiam fechar os olhos diante da grandeza, do assustador, da beleza, e podiam tapar os ouvidos diante da melodia ou de palavras sedutoras. Mas não podiam escapar ao aroma. Pois o aroma é um irmão da respiração. Com esta, ele penetra nas pessoas, elas não podem escapar-lhe caso queiram viver. Quem dominasse os odores dominaria o coração das pessoas. Patrick Süskind O Perfume faz parte daquela categoria de livros devoráveis em poucas horas. Seu autor, Patrick Süskind, nascido alemão e tendo estudado História Moderna e Medieval na Alemanha e França, escreveu roteiros de televisão e contos, e…

O suicídio, a arte e os escritores

Apertado entre o fim da infância e o começo da adolescência nasceu meu fascínio pelo suicídio. Começou quando, escrevendo meu primeiro romance, aos 13 anos, senti que meu protagonista deveria romper a própria vida no átrio de um colégio. O livro foi lido em algumas salas, provocou espanto em alguns, interesse em outros, mais pela trama do que pelas tragédias narradas. Então algum deus da escrita bateu sua baqueta num xilofone e eu soube que seria escritor, que na escrita havia esse lugar remoto e profundo onde eu me encontraria por completo. Quando se acreditava que a arte era uma…