Resenhas

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Dicas de livros do Guia da Folha – Livros, Discos, Filmes

Distopia Hélio Franchini Neto Um dos ramos mais prestigiados da ficção científica, até mesmo por quem não aprecia o gênero, é o das narrativas distópicas. A esse ramo pertencem clássicos da literatura como “1984”, de George Orwell, “Admirável Mundo Novo”, de Aldous Huxley, e “Farenheit 451”, de Ray Bradbury. A palavra “distopia” vem do grego (dys + topos) e significa “lugar do mal”. Antônimo de “utopia”, o termo indica o território em que a liberdade e os direitos civis mais básicos foram suprimidos. O romance de estreia de Hélio Franchini Neto dialoga com o de Orwell, ao apresentar um mundo…

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Revista Veja sobre O Altar & o Trono: “Referência incontornável na bibliografia machadiana”

(por Jerônimo Teixeira) O escritor da moda Uma análise renovadora de Machado de Assis mostra a importância de um jornal feminino para a composição de O Alienista. Como muitos grandes escritores, Machado de Assis (1839-1908) tornou-se o centro de um culto – um culto laico, mas nem por isso desprovido de sua mitologia. A lenda machadiana, em sua versão mais corrente, fala de um homem dividido. Na face pública, era um discreto e acomodado funcionário público, fundador da Academia Brasileira de Letras, saudado por seus pares como o grande mestre das letras nacionais. Um verdadeiro “medalhão”, para usar o termo…

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Cozinheiro Nacional – Coleção das Melhores Receitas das Cozinhas Brasileira e Europeias

(por Isabel Furini) Alimentação é um assunto que, de alguma maneira, interessa a todos, seja pela procura de um sabor especial, seja pelo interesse em manter ou recuperar a saúde. Hoje continuaremos com o assunto gastronomia. Na semana anterior falamos do livro “Técnicas de Cozinha Internacional”, hoje falaremos de Cozinheiro Nacional – Coleção das Melhores Receitas das Cozinhas Brasileira e Europeias. “Os animais pastam, os homens se nutrem, mas só o homem inteligente sabe comer.” Esse é um dos aforismos citados no livro “Cozinheiro Nacional”, prefaciado por Carlos Alberto Doria, revisão de Geraldo Gerson de Souza e Maria Cristina Marques….

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Historiador discute relações entre Adoniran e sua grande musa, São Paulo

. O centenário de Adoniran Barbosa – que se comemora em 6 de agosto – é uma excelente ocasião para conhecer Adoniran Barbosa – O Poeta da Cidade, estudo inovador do historiador Francisco Rocha sobre as relações entre o compositor e radialista e sua grande musa, a capital paulista. Nas palavras do crítico Antonio Candido, Adoniran “inventou um certo jeito de ser paulistano”. Afirmou-se como intérprete, expressão e extensão de uma metrópole no momento em que ela passava por radicais transformações que acentuaram a desigualdade social. Com uma visada crítica, Adoniran modelou a sua visão de São Paulo com uma…

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A Arte De Argumentar – Gerenciando Razão e Emoção

(Resenha por Isabel F. Furini – Jornal Indústria & Comércio) . Trabalhar em equipe é complicado? Entender os outros e se fazer entender é uma arte? Ser capaz de argumentar corretamente, de persuadir, é um sonho difícil de concretizar? Estamos em um mundo onde os relacionamentos não são fáceis e o trabalho em equipe pode revelar e até aumentar alguns problemas interpessoais. A arte de comunicar as ideias sem ferir os outros, de argumentar de maneira adequada adquire um valor especial quando se fazem trabalhos em equipe. Talvez por isso o livro de Antônio Suárez Abreu A Arte de Argumentar…

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Jornal A Tarde entrevista tradutor da obra do poeta Shelley

Tradutor, junto com Alberto Marsicano, de Sementes aladas – Antologia poética de Percy Bysshe Shelley, John Milton nasceu em Birmingham, Inglaterra, e é professor associado de Língua Inglesa e Literaturas de Língua Inglesa da Universidade de São Paulo. É autor dos livros O poder da tradução (reeditado como Tradução: teoria e prática), O clube do livro e a tradução e Imagens de um mundo trêmulo, livro de viagens sobre o Japão. Milton também verteu para o inglês várias obras da literatura brasileira. Com Alberto Marsicano, traduziu também os livros Keats – Nas invisíveis asas da poesia e Wordsworth – O…

Resenha do Interior Via Satélite por Masé Lemos

. Entre subidas e decidas (por Masé Lemos) . Deslocamento, escala e deriva. Marcos Siscar é um dos nomes mais importantes da poesia brasileira contemporânea. Sua singular forma poética é marcada pela perífrase, pela pontuação inusitada, que conduz o leitor à deriva, ao caminhar entre desvios e atalhos que acabam por perturbar o sentido. Esse tipo de escrita, que interessa também a uma certa filosofia, escava através de um trabalho irritado, nervoso e contrariado, a linguagem, visando sair da dialética. Mas se a dialética é o limite que se quer transgredido, porém nunca ultrapassável, a transgressão não é um triunfo,…

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Dica do Guia da Folha

INTERIOR VIA SATÉLITE O interior sempre esteve presente na poesia de Marcos Siscar, poeta nascido em Borborema e autor de Não se Diz e Metade da Arte, entre outros. No entanto, este tema se entrelaçava com outros, principalmente com a sua preocupação com o desgaste da palavra na poesia, e com as possibilidades da expressão, sempre tão escorregadia. Em Interior Via Satélite, seu quarto livro de poemas, o poeta explora as acepções da palavra “interior”, que é tanto um lugar à margem do grande centro quanto a subjetividade do poeta. Para isso, ele trabalha num jogo vertiginoso de aproximação e…

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Resenha de Sérgio Medeiros do livro Escrito sobre Jade no Sibila

LI PO E MAO TSÉ-TUNG EM PORTUGUÊS Sérgio Medeiros O poeta e tradutor Haroldo de Campos (1929-2003) “reimaginou”, em língua portuguesa, a poesia clássica da China. Publicada originalmente em 1996, a antologia Escrito sobre Jade, acrescida de novas traduções de sua autoria, saiu em segunda edição apenas em 2010. A novidade, que comentarei, é a inclusão de poemas “clássicos” do líder revolucionário Mao Tsé-tung. Mas, a meu ver, os poemas de Li Po, que já constavam da primeira edição, ainda são o ponto culminante desse pequeno volume. O lúcido e irrequieto Haroldo indaga, em um texto inserido quase no final…

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Resenha de Liberalismo e Natureza na ilustrada

Formado em filosofia pela USP, Rodrigo Cintra investiga os fundamentos do discurso liberal moderno a partir das teorias políticas de John Locke (1632 – 1704). O livro mostra de que forma os conceitos estudados por Locke, como o da propriedade privada e da universalidade de direitos, tornaram-se fundamentos do capitalismo da sociedade atual. Cintra ainda revela contradições por trás dessas ideias que colocam em xeque temas como justiça e igualdade. [Release]