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Obra estuda a influência da leitura na construção de uma sociedade

por @AlexSens Fonte: OPS! . “Reconhecer não é ler”, escreveu o educador francês Jean Hébrard. Ou seja, repetir o som e a sequência de letras empregadas em uma palavra, reconhecer seus fonemas e grafemas, não passa disso, uma observação da linguagem em sua ordenada apresentação. Ler é compreender: este se tornou o lema dos pedagogos a partir da segunda metade do século XX, época em que apenas a decifração do escrito se torna insuficiente, sendo necessário compreendê-lo. Pouco estudada no Brasil, e possivelmente em todos os países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, a sociologia da leitura é um campo que analisa…

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Obra apresenta um conjunto de ex-libris pertencentes a José Luis Garaldi

Fonte: ICnews por Isabel F. Furini Se você for bibliotecário ou se ama os livros e tem uma biblioteca na sua casa, se, como já falou Sócrates, prefere livros a comprar outros objetos bonitos, então precisa conhecer a obra Ex-Libris, da Ateliê Editorial, organizado pelo professor Dr. Plínio Martins Filho. A obra, cuidadosamente trabalhada, com fotografias de ex-libris, é uma delícia para bibliotecários, bibliófilos e curiosos. Mas o que é ex-libris?

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Filme discute relação médico-paciente

por Luiz Zanin | Crítico de Cinema do jornal O Estado de São Paulo O Nome do Cuidado, média-metragem de Paulo Rosenbaum e Leo Lama, tem proposta inteligente para falar de um tema especializado, a relação médico-paciente na prática médica. Transitando entre as linguagens do documentário e da ficção, ressalta a importância do diálogo na medicina atual, tão refém da especialização e de procedimentos tecnológicos. Hoje, o médico não “escuta” mais o paciente em sua queixa. O médico parece se conformar com o papel de mero orientador de exames clínicos a que o paciente deve se submeter. O Nome do…

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Revista Continente indica Adoniran Barbosa – O Poeta da Cidade

Fonte: Revista Continente #117 Adoniran Barbosa – O Poeta da Cidade Francisco Rocha Fruto de uma dissertação de mestrado apresentada no Programa de Pós-Graduação em História Social da USP, o livro revela a obra de Adoniran Barbosa contextualizada na rápida e constante urbanização da São Paulo da década de 1950. As suas canções, segundo Rocha, constroem uma “ideia de urbano”, representações que narram o cotidiano dessa metrópole. Os capítulos se dividem numa sequência comum aos trabalhos acadêmicos, mantendo referências bibliográficas e citações. É interessante observar o registro em jornais de sambas famosos do compositor, tais como Trem das onze (1951)…

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Daniel Piza fala sobre Machado de Assis e Guimarães Rosa

(Por Daniel Piza/Estadão) Em 2002 escrevi um ensaio na revista Cult fazendo paralelo entre os dois contos O Espelho de Machado de Assis e Guimarães Rosa, mostrando como “um tende mais ao antimetafísico, o outro ao metafísico”. Vejo agora que num seminário da Petrobras chamado Mutações, coordenado por Adauto Novaes, há a mesma abordagem, claro que sem crédito. Notei ainda, como num ensaio para a saudosa revista Entrelivros, que nossos dois maiores escritores são semelhantes em temas fundamentais, como essa questão da identidade difusa, da superação de dicotomias, com seu reflexo nos dilemas brasileiros. “Os dois são, em suma, estudiosos…

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Dicas de livros do Guia da Folha – Livros, Discos, Filmes

Distopia Hélio Franchini Neto Um dos ramos mais prestigiados da ficção científica, até mesmo por quem não aprecia o gênero, é o das narrativas distópicas. A esse ramo pertencem clássicos da literatura como “1984”, de George Orwell, “Admirável Mundo Novo”, de Aldous Huxley, e “Farenheit 451”, de Ray Bradbury. A palavra “distopia” vem do grego (dys + topos) e significa “lugar do mal”. Antônimo de “utopia”, o termo indica o território em que a liberdade e os direitos civis mais básicos foram suprimidos. O romance de estreia de Hélio Franchini Neto dialoga com o de Orwell, ao apresentar um mundo…

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Revista Veja sobre O Altar & o Trono: “Referência incontornável na bibliografia machadiana”

(por Jerônimo Teixeira) O escritor da moda Uma análise renovadora de Machado de Assis mostra a importância de um jornal feminino para a composição de O Alienista. Como muitos grandes escritores, Machado de Assis (1839-1908) tornou-se o centro de um culto – um culto laico, mas nem por isso desprovido de sua mitologia. A lenda machadiana, em sua versão mais corrente, fala de um homem dividido. Na face pública, era um discreto e acomodado funcionário público, fundador da Academia Brasileira de Letras, saudado por seus pares como o grande mestre das letras nacionais. Um verdadeiro “medalhão”, para usar o termo…

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Cozinheiro Nacional – Coleção das Melhores Receitas das Cozinhas Brasileira e Europeias

(por Isabel Furini) Alimentação é um assunto que, de alguma maneira, interessa a todos, seja pela procura de um sabor especial, seja pelo interesse em manter ou recuperar a saúde. Hoje continuaremos com o assunto gastronomia. Na semana anterior falamos do livro “Técnicas de Cozinha Internacional”, hoje falaremos de Cozinheiro Nacional – Coleção das Melhores Receitas das Cozinhas Brasileira e Europeias. “Os animais pastam, os homens se nutrem, mas só o homem inteligente sabe comer.” Esse é um dos aforismos citados no livro “Cozinheiro Nacional”, prefaciado por Carlos Alberto Doria, revisão de Geraldo Gerson de Souza e Maria Cristina Marques….

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Marcelino Freire relembra seus dez anos de literatura

Marcelino Freire contou ao Suplemento Pernambuco dos seus dez anos de literatura e um pouco de sua trajetória desde quando saiu de Pernambuco para São Paulo. [João Alexandre] foi a um encontro que eu e o escritor Evandro Affonso Ferreira organizávamos. “Vou ajudar você”, disse JAB E ajudou. Indicou-me para a Ateliê Editorial. Escreveu o prefácio do livro. Igualmente lembro: quando o telefone tocou. “Marcelino, é João Alexandre.” E, generosamente, leu o prefácio em primeira mão. Sim, ao telefone. Meu coração ouvindo, pulando, em silêncio. Publicou o mesmo prefácio na revista Cult. Ave! Eternas saudades idem. Do grande João! Morto…

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Folha entrevista autor de livro que analisa O Alienista

(Por EUCLIDES SANTOS MENDES) Em entrevista ao caderno Ilustríssima, o professor de literatura brasileira na ECA-USP Ivan Teixeira comenta a novela “O Alienista”, em que Machado de Assis (1839-1908) discute o significado da loucura na sociedade do seu tempo. Teixeira é autor do livro O Altar & o Trono – Dinâmica do Poder em O Alienista (Ateliê/ Editora da Unicamp, 432 págs., R$ 79). “O Alienista” foi originalmente publicado em 1882, na coletânea “Papéis Avulsos”. Folha – Como surgiu a novela “O Alienista”, de Machado de Assis? Ivan Teixeira – Há duas hipóteses. Em primeiro lugar, acredito que “O Alienista”…