Morre Teixeira Coelho, aos 78 anos

Teixeira Coelho

Faleceu, neste sábado, 4 de junho, o professor, pesquisador – da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), escritor, curador e crítico de arte José Teixeira Coelho Netto, mais conhecido como Teixeira Coelho, aos 78 anos. Com longa trajetória acadêmica, foi especialista em políticas culturais, campo no qual desenvolveu importante pesquisa em literatura comparada.

O editor, professor e fundador da Ateliê Editorial, Plinio Martins Filho disse: “Conheci Teixeira Coelho Netto quando estava na Perspectiva, na qual editou um de seus muitos livros. Sempre foi gentil e muito atencioso. Lembro que quando o J. Guinsburg sugeriu que eu fizesse pós-graduação, ele foi o primeiro professor que procurei. Eu não sabia o que era e nem pra que servia uma pós! Se não me engano, foi ele que me explicou e me perguntou se eu queria ser professor. Disse que não, e naquele momento desisti. Só mais tarde a professora Jerusa Pires Ferreira me convenceu. Nunca esqueci este momento. Mais tarde editei um livro dele na Ateliê Editorial: Céus Derretidos com uma belíssima capa de Moema Cavalcante”.

Teixeira Coelho tornou-se Professor Emérito da Universidade de São Paulo em 2015, possuía graduação em Direito, pela Universidade de Guarulhos, mestrado em Ciências da Comunicação, pela ECA-USP, doutorado em Teoria Literária e Literatura Comparada, pela FFLCH-USP e pós-doutorado pela University of Maryland, EUA. Foi Curador-Chefe do MASP (Museu de Arte de São Paulo), entre 2006 e 2015, e Diretor do Museu de Arte Contemporânea de São Paulo (MAC-USP), de 1998 a 2002. Foi também Diretor do Idart (Departamento de Informação e Documentação Artística, da Secretaria de Cultura da Cidade de São Paulo no CCSP), de 1993 a 1996. Também colaborou para jornais e revistas, como Bravo!, Folha de S. Paulo, Punto de Vista, TodaVia.

Como autor, publicou 44 obras, pela Ateliê Editorial, em parceria com o cineasta Jean-Claude Bernardet, lançou a obra Céus Derretidos, cuja sinopse aborda a vida de um nervoso roqueiro, ele apresenta sua maior criação à bela e arrogante diva da ópera, que o esnoba. Um assassino está à solta. Com uma estrutura narrativa ágil, de frases curtas, os autores buscam o casamento entre Céu e Inferno: o céu da arte e da paixão, o inferno da violência – ou seria o contrário?

A Ateliê Editorial lamenta profundamente a morte de um dos maiores nomes da educação, arte, política e cultura do país.

Capa do livro feita por Moema Cavalcante

Deixe uma resposta