Por dentro de História de um Livro – A Democracia da França, de François Guizot (1848 – 1849), escrito por Marisa Midori Deaecto

A Ateliê Editorial publica a obra História de um Livro – A Democracia da França, de François Guizot (1948-1849), escrito pela premiada pesquisadora e professora Marisa Midori Deaecto.

Para ficar por dentro dessa nova publicação da editora, fizemos um pequeno resumo sobre o livro.

A Autora

Marisa Midori Deaecto – Professora Livre-Docente em História do Livro no Departamento de Jornalismo e Editoração da Escola de Comunicações e Artes (ECA-USP). Formou-se em História e doutorou-se em História Econômica na Fac. de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH-USP), onde orienta pesquisas pelo Programa de Pós-Graduação (PPGHE-USP). Lecionou como professora convidada em diversas instituições estrangeiras, dentre as quais, a  École nationale des Chartes, a École normale supérieur e a École Pratique des Hautes Études, em Paris. Recebeu, em 2017, o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Eszterházy Károly, Eger (Hungria), por suas contribuições à difusão da história dos livros e das bibliotecas em uma perspectiva transnacional. Império dos Livros – Instituições e Práticas de Leituras na São Paulo Oitocentista (Edusp/Fapesp, 2011), reeditado em 2019, recebeu o prêmio Jabuti da CBL (1o lugar em Comunicação) e o Prêmio Sérgio Buarque de Holanda, outorgado pela Fundação Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro na categoria melhor ensaio social.

Marisa Midori Deaecto

Projeto Gráfico e Capa

A capa teve a concepção da própria autora, Marisa Midori Deaecto e contou com o projeto gráfico de Negrito Produção Editorial, contribuindo com a arte.

Capa aberta de “História de um Livro”

Prefácio de Carlos Guilherme Mota

O texto do prefácio de “História de um Livro” foi assinada por Carlos Guilherme Mota, historiador, Professor Emérito da FFLCH-SP e Professor Titular de História da Cultura da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Leia abaixo um trecho:

“O leitor dessa tese universitária, apresentada para obtenção do título de Livre-Docente na USP, ao terminar o percurso analítico da autora, desde as razões da escolha do livro a ser examinado, passando pelo exame técnico minucioso de sua fatura, e o estudo detalhado que envolveu a vida, as ideias e a produção do autor-personagem, o ideólogo Guizot, seus editores, distribuidores, comerciantes, os críticos e finalmente os leitores, terá a dimensão correta, completa e complexa do que significa o objeto-livro, em especial um livro desse pequeno porte, escrito ao sabor das marés, correntes e contracorrentes do pensamento da época. Ou seja, um objeto sem dúvida diferenciado, entendido pela autora como síntese de múltiplas determinações”.

Posfácio de Lincoln Secco

O texto de posfácio ficou por conta de Lincoln Secco, professor livre-docente de História Contemporânea na Universidade de São Paulo (USP). Leia um trecho abaixo:

“Este que está em suas mãos, caro leitor, cara leitora, é uma obra do nosso tempo. Permite reencontrar a defesa da Civilização sem barbárie; da Democracia sem adjetivos; da cultura do livro sem os adoradores de um único, ou de nenhum. Aqui temos a reunião de muitas obras que Marisa escreveu, leu ou simplesmente folheou nas muitas bibliotecas onde pesquisou. Só assim ela pode nos brindar com uma obra rigorosa e erudita que consolida seu lugar na História do Livro”

Bibliografia Ilustrada

Nas páginas das obras, são apresentadas diversas imagens das edições de e De la Démocratie em France, de François Guizot, tornando-se um exemplar fundamental para pesquisa aprofundada desse período histórico.

Quem foi François Guizot?

François Pierre Guillaume Guizot (1787-1874) foi um político e historiógrafo francês, liberal-conservador . Ocupou o cargo de primeiro-ministro da França, entre 19 de setembro de 1847 a 23 de fevereiro de 1848. Guizot, ministro da Instrução Pública, determinou, em 1834, na Faculdade de Direito de Paris, a instalação da primeira cátedra de Direito Constitucional. Na obra, a autora escreve:

“O então Ministro logrou fazer de sua gestão o prolongamento de um programa intelectual e político formulado há pelo menos uma década, nos tempos das conferências de História, na Sorbonne. Ao presidir comitês destinados a formular projetos para diferentes campos da instrução e da cultura, François Guizot manteve, sob os braços da monarquia, uma fração significativa daquela intelligentsia formada na tribuna e nos salões por onde circulara na juventude: Villemain, Daunou, Mignet, Cousin, Hugo, Vitet (1802-1873), Thierry e, mais tarde, Sainte-Beuve (1804-1869)29. Sem dúvida, um mesmo sistema de referências compartilhado nos principais catálogos editoriais da época, o que nos permite compreender melhor essa simbiose entre o homem público e o intelectual, noutros termos, os caminhos de consagração da figura do autor, tal como ela se define nos campos político e editorial” (p 89-90).

Lançamento virtual acontece neste mês

Marque na agenda, o lançamento de “História de um Livro” será no dia 15 de setembro, quarta-feira, às 20h, em uma live no canal do Youtube da Ateliê Editorial. Além da presença da autora, o bate-papo virtual contará com a participação de Plinio Martins Filho, Carlos Guilherme Mota e Eugênio Bucci.

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