Livros e Subversão traz seis estudos sobre período em que livros eram considerados ameaça ao Estado

Obra traz análise de documentos pouco estudados e até inéditos

livrosLivros e Subversão, organizado por Sandra Reimão, pesquisadora e professora da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo, mostra, em seis estudos, como os livros eram vistos pela Ditadura (1964 a 1985) como possíveis instrumentos de subversão da ordem estabelecida e como potenciais inimigos a serem combatidos. A obra também apresenta estudos sobre editores e livreiros que fizeram de suas atividades profissionais uma forma de luta por mudanças da realidade social. Diferentes pesquisadores abordam a vigilância, as perseguições, intimidações, ameaças e atentados praticados pelo regime ditatorial contra os suspeitos de subversão. É o caso do jornalista Zuenir Ventura, perseguido e acusado de ser um simpatizante das ideias comunistas, como mostra estudo de Felipe Quintino.

Flamarion Maués aborda o caso da Global Editora, que na década de 1970 passa de uma editora generalista para uma editora de livros políticos. Já o estudo de Ana Caroline Castro mostra como a posse de vinte e um livros de “literatura comunista” foi o primeiro item arrolado na acusação de subversão contra Francisco Gomes, militante da Ação Libertadora Nacional (ALN). Essa acusação é parte do processo do Projeto Brasil: Nunca Mais.

Andrea Lemos fala da Revista Civilização Brasileira, que chegou ao fim após um atentado a bomba contra a Livraria Civilização Brasileira, em outubro de 1968, assim como pelas restrições ao crédito bancário depois do golpe. As consequências de uma conjuntura de fechamento político sobre editores e livreiros são analisadas em dois artigos escritos por Sandra Reimão, Flamarion Maués e João Elias Nery. No primeiro, eles analisam como a publicação de O Estado e a Revolução, de Lenin, feita por uma pequena editora de Niterói, em outubro de 1968, levou à prisão dos editores da obra às vésperas do AI – 5. Em outro artigo os autores estudam a livraria que foi fundada em fevereiro de 1967 e que manteve-se em funcionamento no Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo (Crusp) até 17 de dezembro de 1968, quando tropas do II Exército invadiram o Conjunto.

Os estudos publicados envolveram análise de documentos, muitos deles pouco estudados ou mesmo inéditos. “Acreditamos que o conjunto dos textos que compõem este livro permite uma visão clara e ampla do sentido político e de intervenção social que a edição de livros tem, em especial em momentos nos quais as liberdades democráticas são atacadas”, diz a introdução da obra.

Serviço

Livros e Subversão – Seis Estudos

Formato:  14 x 21 cm

Número de páginas: 176

ISBN: 978-85-7480-743-0

Preço: R$ 47,00

 

Sobre a Ateliê Editorial

A Ateliê Editorial está no mercado desde 1995, atuando principalmente nos segmentos de literatura – ensaios, crítica literária e outras matérias de natureza acadêmica; comunicação e artes; arquitetura; edição de clássicos da literatura; e estudos sobre o livro e seu universo. O objetivo desta casa é levar ao público leitor livros de alta qualidade editorial, em edições cuidadosas que primam pela atenção ao conteúdo, à forma e à expressão. Isso transparece tanto nas capas quanto no rigor e fidelidade textual, o que pode ser comprovado pelos diversos prêmios nacionais e internacionais já recebidos pela editora – como Jabuti, APCA e IDA International Design Awards (EUA).

Site: www.atelie.com.br

Blog: blog.atelie.com.br

Twitter: @atelieeditorial

Facebook: https://pt-br.facebook.com/atelieeditorial

 

Contatos para Imprensa:

Milena O. Cruz

[email protected]

Tel: (11) 4402-3183

Cel: (11) 98384-3500

 

 

Deixe uma resposta