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Medeia, de Eurípedes

Medeia, de Eurípides

Ateliê Editoral | Assessoria de Imprensa

A Ateliê Editorial lança nova tradução de Medeia, primeiro texto de Eurípides, base da encenação teatral na Atenas de 431 a.C., que reelabora o mito de Jasão, grego que traiu um juramento, e da princesa cólquida, Medeia, bárbara que clama pelo valor da palavra empenhada. Traduzida pelo grupo Trupersa (trupe de tradução de teatro antigo), esta edição bilíngue vem preencher uma lacuna há muito existente entre as publicações nacionais de traduções de textos clássicos e antigos, apresentando uma “tradução brasileira coletiva funcional e cênica”. Excluindo as adaptações violentas que modificam, reescrevem e mutilam os textos antigos, as publicações de teatro grego no Brasil, em geral, são dedicadas a uma elite intelectual de acadêmicos e artistas selecionados. A tradução erudita e sofisticada que chega às mãos de atores, diretores e encenadores não se adéqua à encenação para o grande público.

A Trupersa é um grupo heterogêneo que uniu jovens de orientação acadêmica à gente de teatro, sob a coordenação de Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa, professora de língua e literatura gregas da Faculdade de Letras da UFMG. O grupo também contou com a colaboração da atriz e diretora Andréia Garavello, que cuidou dos aspectos propriamente cênicos do projeto e desempenha o papel de Medeia na montagem da peça. Foram três anos de convivência entre a Pós-Graduação em Estudos Literários da Faculdade de Letras da UFMG e a Pós-Graduação em Estudos da Tradução do Centro de Comunicação e Expressão UFSC, proporcionada pelo Programa Nacional de Cooperação Acadêmica da Capes. O grupo reuniu em torno de dez pessoas.

A Medeia da Trupersa substituiu a figura de um único tradutor por um colégio de tradutores que, por meio de múltiplas sensibilidades, explorou uma história bem conhecida, ampliou as possibilidades de recepção e interpretação e imprimiu ao novo texto os efeitos que ele deverá produzir em cena. E já vem produzindo, antes de se fixar no papel, já foi testado em parques e praças da periferia de Belo Horizonte, sempre com público heterogêneo e, segundo alguns, despreparado para textos eruditos. Também em faculdades e universidades, na UFMG e em outras, embrenhadas nos mais remotos lugares de Minas Gerais. Até agora, o texto agradou.

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