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Estrelas Errantes – Memória do Teatro Ídiche no Brasil, de Nachman Falbel

Estrelas Errantes – Memória do Teatro Ídiche no Brasil

Exposição Estrelas Errantes | Memória do Teatro Ídiche no Brasil

18 de julho a 15 de setembro de 2013
MIS – Museu da Imagem e do Som
Av. Europa, 158 – Jardim Europa, São Paulo

Programação dos Eventos Paralelos
03/08 – 15h – Apresentação de textos em Ídiche
17h – Apresentação de Música Klezmer – grupo ADZI
04/08 – 16h – Leitura Dramática do DIBUK, direção Bruno Guida

Resultado de uma longa pesquisa sobre a cultura ídiche em nosso país, a mostra apresenta momentos históricos e pontuais através de materiais gráficos, além de uma programação paralela composta por filmes e folclore musical em ídiche, leitura de poesias, palestra, coral e peça teatral.

Trazida às Américas pelos imigrantes da Europa Oriental, essa cultura sedimentada durante séculos foi dizimada em seus países de origem pela ocupação alemã durante a Segunda Guerra Mundial e, posteriormente, pelo regime stalinista. Assim como a literatura e a imprensa, o teatro ídiche teve seu momento áureo como parte da cultura do imigrante. No Brasil, a presença do teatro ídiche pode ser notada nos círculos de teatro amador no Rio de Janeiro e em São Paulo, por vezes também em outras capitais.

Conheça o livro Estrelas Errantes – Memória do Teatro Ídiche no Brasil (Ateliê, 2013)

 

Origens da dramaturgia Ídiche

Ana Ferraz | Carta Capital | 17 de julho de 2013

Teatro Ídiche

Cerca de 500 anos antes de Cristo, festejos em celebração à salvação dos judeus persas exilados na Babilônia originaram uma das mais importantes festas do calendário judaico, Purim-Schpiel. As manifestações em torno da data se davam por meio de encenações e sátiras que remetem à rainha Esther. Este foi o embrião da arte de representar que toma a forma hoje conhecida a partir da figura do intelectual Abraham Goldfaden (1840-1908), pai do teatro ídiche moderno.

A trajetória dessa rica manifestação artística será mostrada a partir de quarta 17 no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo, por meio de cerca de 200 itens, entre fotografias, cartazes, documentos, prospectos e livros pela primeira vez reunidos. “Boa parte do material é inédita”, ressalta o historiador Nachman Falbel, que ao lado de Anat Falbel, é responsável pela curadoria.

Estudioso da imigração judaica no Brasil, criador do Arquivo Histórico Judaico Brasileiro, desde 1976, Falbel dedica-se à pesquisa da cultura do imigrante da Europa Oriental. Na abertura da mostra o professor aposentado da USP lança o livro que dá nome à exposição. Entre os destaques, registros das atividades “do grande ator, diretor e pensador Zigmunt Turkow, que no Rio trabalhou com Ziembinski, Graça Melo e Santa Rosa, e do dramaturgo Mark Arenstein”.

A exposição joga luz sobre os poloneses Jacob Rotbaum e Jacob Kurlenter, “que fizeram um trabalho notável nos anos 1940.” Lasar Segall se evidencia por meio de cenários e figurinos criados para A Sorte Grande, de Sholem Aleichem, encenada em 1945 por Turkow.

 

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