Mês: maio 2012

Design pra quê?

Tereza Kikuchi Motivada pela recepção positiva dos leitores ao meu primeiro post aqui no Blog da Ateliê [Bastidores da Produção Editorial], resolvi manter o tema, desta vez para falar de um outro aspecto muito importante, o projeto gráfico. Trabalhar no projeto gráfico de um livro é sempre uma aventura ímpar. Não existem fórmulas para conceber um bom projeto, mas existe uma extensa e rica tradição tipográfica por trás do ofício da edição. E esse conhecimento dos antigos tipógrafos e impressores deve ser valorizado, pois o objetivo de um bom designer de livro não é reinventar a roda, mas sim pensar…

Porvir que Vem Antes de Tudo – Literatura e Cinema em Lavoura Arcaica, de Renato Tardivo

Livro propõe a análise das duas obras, o romance e o filme, atentando sobretudo para a correspondência que elas estabelecem entre si Este trabalho de pesquisa começou quando o autor ainda era aluno de graduação em Psicologia e se encontrou com Freud e Seu Duplo: Investigações entre Psicanálise e Arte (1996), dissertação de mestrado de Noemi M. Kon, em que a psicanálise é explorada em seu parentesco com a estética e as artes; mais especificamente, com a literatura. Cartas de Sigmund Freud endereçadas ao escritor austríaco Arthur Schnitzler mostravam que o psicanalista acreditava que o artista, embora por caminhos distintos,…

Resultado e detalhes do sorteio do livro Divina Comédia

Realizamos esta manhã o sorteio de um exemplar da nossa edição bilíngue da Divina Comédia, entre todos os que participaram da pesquisa. O sorteado foi Luiz Amorim, designer, de Atibaia-SP. Parabéns, Luiz! Desejamos uma ótima leitura/aventura pelo céu e inferno de Dante, ilustrado por Sandro Botticelli e traduzido por João Trentino Ziller. Entraremos em contato com o vencedor por email para tratarmos do envio do livro. Caso não seja possível o contato até a próxima sexta-feira (1º/6), teremos outro sorteio. Todos os participantes da pesquisa receberam um cupom de desconto que pode ser utilizado até o dia 30/10/2012. Caso você não…

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A História Verdadeira, de Luciano de Samósata

Edição da Ateliê Editorial; com concepção e tradução relativamente fiel de Gustavo Piqueira; e ilustrações de Alexandre Camanho, Carlos José Gama e Jaca; traz obra de humor mordaz escrita no século II, que influenciou autores como Swift, Voltaire, Verne, Morus e Rabelais, e é considerada uma das grandes precursoras da ficção científica. Um dos livros mais irreverentes da História A História Verdadeira é uma obra extremamente original e pouco difundida nos dias de hoje. Na sua introdução ela já apresenta um curioso alerta do autor: “Você não encontrará pela frente uma única palavra verdadeira. Nenhuma. Escrevo sobre fatos que nunca…

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Poeta, o poema

Fonte: Hoje em Dia (MG) Clarissa Carvalhaes José Antônio Bicalho . “As coisas se transformaram, mas o homem continua vendo o mundo pela fresta de uma caverna” . Quando publicou o livro “Poeta Poente”, em 2010, Affonso Ávila estava triste. A morte recente da esposa com quem fora casado por décadas fez o poeta recolher-se em pranto e pessimismo, carregar-se de arrependimento e nostalgia. Dois anos se passaram e, ainda que a saudade permaneça, o escritor confessa: “Cansei de ser triste”. Desde então, passou a dedicar-se a “Égloga da maçã”, obra que acaba de lançar pela Ateliê editorial (80 páginas,…

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Futuro do Pretérito

Renato Tardivo A literatura brasileira já nos apresentou muitas mulheres fortes e misteriosas. Os “olhos de ressaca” de Capitu que o digam. Mais recentemente, Ana, de Lavoura Arcaica (1975), romance de Raduan Nassar, é outro exemplo. Mas não parou aí. Na última década, para citar apenas algumas, surgiram Matilde (de Leite Derramado, de Chico Buarque), Beatriz (de Um Erro Emocional, de Cristovão Tezza), Dinaura (de Órfãos do Eldorado, de Milton Hatoum). Lavínia, do livro Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios, romance de Marçal Aquino, também faz parte desse time. E, no corpo de Camila Pitanga, é um…

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Lançamento de livro sobre Noel Rosa e entrevista com a autora

Fonte: Agenda Samba & Choro Julia Engler . Noel Rosa compôs quase trezentas canções entre seus 20 e 26 anos. Apenas seis anos de produção foram suficientes para que o jovem sambista estabelecesse um novo paradigma na história da canção popular brasileira. Por isso, setenta e cinco anos depois de sua prematura morte, Noel continua sendo um fecundo objeto de estudo para pesquisadores interessados em compreender a música popular brasileira. A pesquisadora e professora Mayra Pinto, lança Noel Rosa: O Humor na Canção (Ateliê Editorial/FAPESP) terça-feira, dia 8 de maio, das 18h30 às 21h30, na Livraria da Vila, Rua Fradique Coutinho,…

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Noel Rosa: O Humor na Canção, de Mayra Pinto

Livro faz uma análise da obra de Noel Rosa e mostra como o compositor articulava a coloquialidade da língua falada, a oralidade e a musicalidade, e ainda destaca o humor nas suas canções Noel Rosa é um dos nomes mais importantes da famosa Época de Ouro da canção brasileira, que vai de 1930 a 1945, e autor de uma obra considerada como para- digma da canção popular urbana no Brasil tal como é conhecida até hoje. Produziu mais de trezentas canções em apenas sete anos mostrando uma voz que fala sobre o universo social da pobreza, pouco retratado até então…