Dia: 30/04/2012

Aborto

. Que espécie de monstrengo seria aquele? Sim, o fogo de seus olhos nas noites de ódio intenso. E a maquinação cinzenta do revolver de minhas memórias impublicáveis. O ranger dos últimos copos de cristal de um dia de festa já sepultado. . E o choro, a bocarra? Minhas súplicas de volta para um ponto obscuro? Como quando se pega a estrada errada, inúmeras vezes, numa encruzilhada, retorna-se ao princípio e, embora sabendo qual dos caminhos deveria ser evitado, escolhe-se novamente o mesmo. Ou seus gritos de pavor ante meus braços retesados sem consolo? O bebê sou eu? Estou num…