clássicos

Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente

Por: Renata de Albuquerque* Uma das mais importantes obras do dramaturgo português Gil Vicente – considerado o pai do teatro português – o Auto da Barca do Inferno (ou Auto da Moralidade) foi escrita em 1517 e encenada, pela primeira vez, em 1531. O texto faz parte da trilogia das barcas, composta por esta e por outros dois textos, Auto da Barca do Purgatório e Auto da Barca da Glória. Devido à sua importância histórica para a literatura, o Auto da Barca do Inferno foi escolhido para ser o primeiro título de uma coleção criada pela Ateliê Editorial ainda nos primeiros…

“A Relíquia”, de Eça de Queirós: humor e ironia em um clássico realista
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“A Relíquia”, de Eça de Queirós: humor e ironia em um clássico realista

Por Renata de Albuquerque* Um romance realista cheio de ironia, humor e com um toque de cinismo. Assim é A Relíquia, romance de Eça de Queirós, publicado em 1887 em Portugal. O livro é narrado por Teodorico Raposo (Raposão), órfão de pai e mãe que, ainda criança, vai morar com sua tia, Dona Maria do Patrocínio (Titi), uma senhora beata, avara e casta. É ela quem controla a fortuna que o sobrinho herdará, no futuro. As características da tia do narrador não são colocadas por acaso pelo autor. Eça de Queirós foi integrante da chamada Geração de 70 de Portugal,…

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Por que editar os clássicos

João Luiz Marques O romance brasileiro Til, de José de Alencar, entrou para a lista do vestibular da Fuvest em 2012. Isto mobilizou muitas editoras a publicar a obra e atender a procura por esse livro, que, certamente, irá aumentar. Entretanto, a lista dos vestibulares e as indicações de leitura para os currículos escolares não são os únicos parâmetros que orientam as editoras para a publicação dos clássicos da literatura. Para Plinio Martins, editor da Edusp, “há inúmeras obras que o público praticamente não tem contato na escola, mas que são importantíssimas”. E acrescenta: “Os clássicos são obras que conseguem…