Matrizes Impressas do Oral – Conto Russo no Sertão

Resultado de muitos anos de pesquisa da autora, livro traz estudos sobre o conto tradicional, culturas populares mitopoéticas, histórias para crianças, culturas comparadas, comunicação oral e performance Em seu novo livro Matrizes Impressas do Oral – Conto Russo no Sertão, Jerusa Pires Ferreira cruza observações teóricas acerca de oralidade, escrita, memória impressa e do conto popular ancestral, que se recria, atualiza e reinventa no nordeste brasileiro, em textos e imagens. A autora apresenta experiências vivas, e propõe a partir daí um modo de lidar com esses materiais mitopoéticos, em várias de suas possibilidades. Nesta obra agregam-se observações diversas, em que…

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A arte do granito

Alex Sens Fuziy Há mais de dez anos, as quatro paredes dos dois banheiros da casa foram cobertas de granito. São fragmentos de cores leitosas e escuras, espelhadas, placas pontudas, formas geométricas, cacos que alisam a luz do ambiente e refletem qualquer coisa de arte, de sonho gráfico, de selvageria icástica, de linguagem de um tempo duro, preso em si mesmo. Fascinam-me as pedras, seus reflexos, pigmentos, contornos, seus veios e ilhotas de cores cuja essência também se derrama em ímpeto no talento de um fauvista mais observador. Composto essencialmente de mica, quartzo e feldspato, o granito é uma obra…

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Lançamento do livro Matrizes Impressas do Oral – Conto Russo no Sertão

Ateliê Editorial | Assessoria de Imprensa   No último dia 31 de maio, a professora e escritora Jerusa Pires Ferreira lançou seu novo livro Matrizes Impressas do Oral – Conto Russo no Sertão. Nesta obra a autora cruza observações teóricas acerca de oralidade, escrita, memória impressa e do conto popular ancestral, que se recria, atualiza e reinventa no nordeste brasileiro, em textos e imagens. A autora ainda apresenta experiências vivas, e propõe a partir daí um modo de lidar com esses materiais mitopoéticos, em várias de suas possibilidades.       Acesse o livro na loja virtual da Ateliê Leia o…

Achik-Kerib: História turca

Folha de S. Paulo | 9 de Fevereiro de 2014 O “Achik Kerib” é uma das narrativas estudadas por Jerusa Pires Ferreira em Matrizes Impressas do Oral – Conto Russo no Sertão, livro que trata da “tradição oral, das mitopoéticas e do conto popular universal, passando à recriação desses textos por grandes escritores”, conforme descreve sua autora.    MUITOS ANOS ATRÁS, na cidade de Tíflis¹, vivia um turco rico; Alá lhe deu muito ouro, porém mais valioso que o ouro era sua filha única Magul-Meguéri. São belos os astros do céu, mas atrás dos astros vivem anjos que são ainda mais…

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O Nheengatu que dá barato

José Ribamar Bessa Freire | Diário do Amazonas | 25 de maio de 2014 Tinha cara de bebê chorão. Morava na Ilha do Governador, no Rio. Não lembro mais o nome dele. Agnaldo ou Agnando, uma coisa assim, mas era conhecido como Pindá. Como qualquer vendedor de drogas em porta de escola, percorria diariamente universidades para abastecer a clientela, cujos vícios e gostos conhecia muito bem. Na UERJ, se esgueirava pelos corredores, qual felino de mansa pisada. Ia de sala em sala, levando a mercadoria. Silencioso e discreto, só abordava os consumidores potenciais sem presença de testemunhas. Um belo dia, sumiu. Dizem que…

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Robert Creeley

André Caramuru Aubert | Jornal Rascunho | Maio de 2014 O poeta norte-americano Robert Creeley (1926-2005) é, entre seus conterrâneos e contemporâneos, um dos mais conhecidos (ou menos desconhecidos) no Brasil. Além da qualidade de sua obra, talvez tenha ajudado, para isso, o fato de Creeley ter estado em São Paulo e conhecido alguns de nossos poetas. O fato é que ele deixou por aqui alguns admiradores importantes, como Ruy Vasconcelos e, principalmente, Régis Bonvicino, editor e tradutor de uma excelente coletânea brasileira (A UM, Poemas. Ed. bilíngue, Ateliê Editorial, 1997). Ainda assim, diante de tudo o que Robert Creeley produziu, o que…

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O poder transformador dos livros

Vivian Nani Ayres | Brasileiros | Abril de 2014 Como se deu a publicação e difusão de livros comunistas no Brasil e na França  Os livros fazem revoluções? Podem existir muitos protestos diante dessa pergunta, mas não se pode negar que uma das principais armas contra as ideias que ousaram questionar o status quo foi a perseguição aos livros considerados “subversivos”. É difícil encontrar alguém que conteste o poder transformador dos livros. Mesmo aqueles que só têm contato com esse objeto em sua esfera privada sabem que ao fecharem um livro depois da leitura encontram diante do espelho uma pessoa diferente….

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O Som da Imagem

Oliviero Pluviano | Carta Capital | 7 de maio de 2014 RARAMENTE pensamos na morte. Existe um antídoto que nos impede de lembrar a todo instante que tudo acaba, que nascemos de un polvo (como os espanhóis chamam o momento da geração) e fatalmente voltaremos a ser poeira. É a mesma defesa psicológica a impedir que nos aterrorize nas noites estreladas a nossa condição de infinitésimos habitantes da Terra com os corpos celestes. Quem sabe esse remédio milagroso se chame vida? A morte dos outros passa perto de nós todos os dias: quem nunca viu um motoboy agonizando no asfalto em uma…

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Perda Reconstruída

Renato Tardivo O título da coletânea de contos de Elisa Nazarian, Bilhete Seco, inicialmente me chamou a atenção por dois motivos. O primeiro: ocorreu-me o conto “O Ventre Seco”, de Raduan Nassar, texto colérico que diz da relação do narrador com duas mulheres importantes de sua vida. O segundo: “bilhete seco”, se não chega a ser um paradoxo, causa alguma estranheza – bilhetes são molhados por excelência. Bem, como não raro ocorre, eu poderia me desfazer dessas impressões ao fim da leitura. Mas, ao terminar o livro, foram justamente essas associações que me vieram, evidentemente transformadas por – e acrescidas…

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Entrevista com Waldecy Tenório que lançou Escritores, Gatos e Teologia

Ateliê Editorial | Assessoria de Imprensa No último dia 7 de maio, o professor, escritor e jornalista Waldecy Tenório lançou seu novo livro Escritores, Gatos e Teologia.  Nesta obra o autor continua com o tema já abordado em seu primeiro livro pela Ateliê – A Bailadora Andaluza –, que é aproximar Literatura e Teologia. O lançamento foi na Livraria da Vila da rua Fradique Coutinho e teve a participação de muitos amigos e colegas. Durante o evento, Luciana Frateschi leu trechos da obra, e Luciana Celo cantou poemas musicados de Drummond, Cecília Meireles, Adélia Prado e outros, acompanhada pelo violão de Raphael…