Resenhas

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Teatro Russo no Prosa e Verso – O Globo

Clique aqui para ler a matéria completa . Teatro Russo – Literatura e Espetáculo Elena Vássina, Arlete Cavalieri Esta publicação traz um amplo debate sobre os  mais variados aspectos, que  cercam a história e a estética da arte teatral na Rússia. O exame  atento da interação orgânica entre as diferentes linguagens, que conformam o ato teatral, confere aos textos aqui presentes extremo interesse pelo alto grau de inovação investigativa na abordagem de questões cruciais para os estudos do fenômeno do teatro, tais como a arte do ator e a do encenador, a função do diretor, o papel do dramaturgo e do…

O Artista

Acabo de sair do cinema, onde optei – entre tantos filmes em cartaz que gostaria de ver – assistir a O Artista, com direção e roteiro de Michel Hazanavicius: um filme mudo sobre filmes mudos. A obra estreou no Brasil no último dia 10 e conta com dez indicações ao Oscar (entre elas, Melhor Filme, Melhor Roteiro Original e Melhor Atriz Coadjuvante – Bérénice Bejo) já tendo abocanhado três Globos de Ouro (Melhor Comédia/Musical, Melhor Ator – Jean Dujardin e Melhor Trilha Sonora). Já no letreiro de entrada uma viagem no tempo começa. Com as características letrinhas tremidas e barulhinho…

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Literatura e Psicanálise: O Alimento do Desejo

Escritas do Desejo – Crítica Literária e Psicanálise (Ateliê Editorial) é o tipo de livro indispensável àqueles que se interessam pela relação – fecunda e ambígua – entre literatura e psicanálise. Mas será útil também ao leitor que, interessado em cultura e ciências humanas, se dispuser a viajar, isto é, a lançar-se em busca do novo. Onze são os ensaios que compõem o volume – organizado por Cleusa Rios P. Passos e Yudith Rosembaum. Além das organizadoras, assinam os capítulos: Adélia Bezerra de Menezes, Leda Tenório da Motta, Noemi Moritz Kon, Camila Salles Gonçalves, Philippe Willemart, Renato Mezan, Leyla Perrone-Moisés,…

Generosidade e Gratidão em Arte, Dor

O livro Arte, Dor – Inquietudes entre Estética e Psicanálise (Ateliê Editorial), de João A. Frayze-Pereira, foi recentemente lançado em segunda edição – revista e ampliada (a primeira edição é de 2006). João Frayze é psicanalista, livre-docente pela USP e crítico de arte. Arte, dor reúne uma série de trabalhos que fazem do autor um dos nomes mais importantes – talvez o maior deles – em Psicologia da Arte no Brasil. Os capítulos, embora independentes entre si, compõem uma tese; tese que se desenvolve pelo negativo, isto é, pela incansável desconstrução da realidade ingênua, de conceitos cristalizados, em suma, por…

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Sensibilidade e suspense na trajetória de Grenoille, em O Perfume

… as pessoas podiam fechar os olhos diante da grandeza, do assustador, da beleza, e podiam tapar os ouvidos diante da melodia ou de palavras sedutoras. Mas não podiam escapar ao aroma. Pois o aroma é um irmão da respiração. Com esta, ele penetra nas pessoas, elas não podem escapar-lhe caso queiram viver. Quem dominasse os odores dominaria o coração das pessoas. Patrick Süskind O Perfume faz parte daquela categoria de livros devoráveis em poucas horas. Seu autor, Patrick Süskind, nascido alemão e tendo estudado História Moderna e Medieval na Alemanha e França, escreveu roteiros de televisão e contos, e…

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A Lição Aproveitada – Modernismo e Cinema em Mário de Andrade

Fonte: ICnews | Isabel Furini . Quem gosta de cinema não só de assistir a filmes, mas de entender o fascínio que ele exerce sobre algumas cabeças brilhantes, como no caso de Mário de Andrade, vai deleitar-se com a leitura de A Lição Aproveitada, (Ateliê, 352 p., 2011), especialmente estudantes e profissionais das áreas de Letras, Cinema e Artes em geral, que desejem entender o início do cinema no Brasil e a influência que exerceu sobre a literatura. João Manuel dos Santos Cunha, professor na Faculdade de Letras e no Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de Pelotas,…

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A escrita de luz na tela em Lavoura Arcaica

Há diferenças significativas entre as transições de tempo e espaço em um livro e em um filme. Lavoura arcaica (1975), romance de Raduan Nassar, é uma prosa poética que flui de forma assombrosa. Com efeito, é possível que apenas uma palavra sirva de ponte entre tempos longínquos – lugares distintos. A narrativa, de atmosfera trágica, consiste na volta de um filho para casa, onde houve uma relação incestuosa com uma das irmãs. André, o narrador-personagem, costura os estilhaços que assolaram sua família em texto. É o que ele também realiza, dessa vez nas condições de narrador e personagem do filme…