Lançamento

Cirandas, sonetos e inspirações

“Essas canções infantis – ditas ‘de ronda’, ou ‘de roda’ – fazem parte da nossa infância e, por isso, sempre despertaram em mim o desejo de escrever poemas sobre elas”. É assim que Frei Bruno Palma, da Ordem dos Dominicanos, explica sua mais nova obra, Cirandas.  A seguir, ele fala sobre o tema para o Blog da Ateliê: Como teve a ideia do Cirandas? Bruno Palma: Foi me lembrando de uma frase musical de uma ciranda, que cantei e brinquei quando criança. E a memória e a emoção fez com que eu desejasse rever ( ou “reviver”) essas cantigas ,…

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“A Batalha dos Livros não acabou”, diz Lincoln Secco

Em A Batalha dos Livros, Lincoln Secco, professor de História Contemporânea da Universidade de São Paulo, analisa a formação da esquerda no Brasil. Segundo Marisa Midori Deaecto, a obra “constitui um capítulo dessa guerra universal contra o analfabetismo e o obscurantismo que engessam as civilizações, mantêm as desigualdades e protegem as injustiças”. A seguir, ele fala sobre o volume recém-lançado:     O título do livro remete a um embate ideológico já na formação da esquerda no país. Isso ocorre de fato? Como se dá esse embate? Lincoln Secco: Eu tento mostrar em primeiro lugar que o Brasil não esteve…

Lincoln Secco lança “A Batalha dos Livros. Formação da Esquerda no Brasil”

Marc Bloch afirmou que, no desenvolvimento de uma disciplina, há momentos em que uma síntese, mesmo que pareça prematura, é mais importante do que várias monografias de análise. Isso porque, por vezes, é mais importante enunciar as questões principais, do que resolvê-las todas. A habilidade enunciada pelo historiador dos Annales é uma das muitas qualidades da nova obra do professor de História Contemporânea da Universidade de São Paulo, Lincoln Secco, cujo estilo ensaístico e sintético já foi visto no grande sucesso da produção historiográfica, História do PT, que atingiu a quinta edição em poucos anos. A Batalha dos Livros. Formação…

“Epigramas”: seleta de poemas satíricos e pornográficos da Roma Antiga

Escrever em poucos caracteres para passar uma mensagem assertiva é algo popular desde a criação do Twitter, há pouco mais de dez anos. Mas, esse recurso já era usado na Roma Antiga, há quase dois mil anos, por poetas como Marco Valério Marcial, para fazer poemas cômicos, pornográficos e de crítica social. Marcial, considerado o pai do epigrama (forma poética breve, marcada pelo estilo satírico e engenhoso), é autor dos “Epigramas”, edição bilíngue traduzida por Rodrigo Garcia Lopes e recém-lançado pela Ateliê. Confira a seguir alguns desses pequenos mas cortantes poemas:   I Você já leu, pediu, aqui está ele:…

Manual do Estilo Desconfiado

Fernando Paixão – conhecido por sua poesia e ensaística – está lançando o Manual do Estilo Desconfiado e adverte logo de partida: “Não é um manual de redação, nem pretende ensinar a escrever bem, mas dá umas boas dicas para ser desconfiado com os próprios textos”.  Seu interesse pelos assuntos da escrita vem desde a juventude, quando iniciou uma longa carreira de editor profissional, e permanece até agora, inclusive nos trabalhos que desenvolve na universidade. A ideia inicial  surgiu durante um curso sobre escrita de resenhas que o autor ministrou para alunos de graduação; a partir dos exercícios propostos e…

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Epigramas, de Marcial: tuítes cômicos e pornográficos da Roma do século I

Por Renata de Albuquerque Marco Valério Marcial é considerado o “pai do epigrama” – poema curto de viés satírico, pornográfico ou injurioso que marcou época na Roma Antiga. Apesar de sua importância e de sua conexão com a atualidade – quando os tuítes reinventaram a escrita econômica – as edições de Marcial são raras no Brasil. Para preencher essa lacuna e trazer ao conhecimento do público esta arte poética, a Ateliê  Editorial lança, em uma edição bilíngue especial, Epigramas, escritos por Marco Valério Marcial, e traduzidos diretamente do latim por Rodrigo Garcia Lopes. A edição é composta por 12 livrinhos,…

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“A hipertrofia das assimetrias, que vão da economia até às esferas culturais, torna essa literatura de sentido sociopolítico necessária”, diz Benjamin Abdala Jr.

Por: Renata de Albuquerque Literatura, História e Política: Literaturas de Língua Portuguesa no Século XX chegou às prateleiras das livrarias brasileiras em 1989,  mesmo ano em que o Muro de Berlim caiu – uma mudança profunda, do ponto de vista histórico, político e social. Quase trinta anos depois, a Ateliê lança a terceira reedição da obra, um ensaio que discute o gesto que veio a configurar-se artisticamente numa forma nova, nas literaturas dos países de língua portuguesa. A análise do sentido político subjacente a essas produções da Modernidade levou à problematização das relações entre arte e engajamento, do poder de…

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Mario Pedrosa, política e arte

Por: Renata de Albuquerque Quando se fala em Mario Pedrosa, o que primeiro se pensa é no renomado crítico de arte, com extensa obra no meio e passagem por museus e bienais no Brasil e ao redor do mundo. Mas em Pas de Politique Mariô! – Mario Pedrosa e a Política, o foco é a atuação política dessa importante figura brasileira. A obra de Dainis Karepovs –  doutor em História pela FFLCH-USP, pós-doutor em História pelo IFCH-UNICAMP e autor de A classe operária vai ao Parlamento (São Paulo: Alameda, 2006) e Luta subterrânea (São Paulo: Ed. UNESP; Hucitec, 2003) –…

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“Temos que redimensionar o papel de Lima Barreto na literatura brasileira”, diz pesquisador

Por Renata de Albuquerque Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá é um caso raro na literatura brasileira. Apesar de escrito por um dos mais importantes autores nacionais, é um livro pouco lido, pouco conhecido, pouco estudado e pouco editado. No ano em que Lima Barreto é escolhido o autor homenageado da FLIP – Festa Literária de Paraty – a Ateliê Editorial repara este equívoco e lança, em uma edição especial, o romance. O volume é organizado por Marcos Scheffel, professor da UFRJ, que fala a seguir sobre este livro ainda obscuro de Lima Barreto: O que o…

Quatro Ensaios Sobre Oscar Niemeyer
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Quatro Ensaios Sobre Oscar Niemeyer

No ano em que o arquiteto faria 110 anos, lançamento coloca luz sobre novos aspectos da obra do arquiteto carioca Por Renata de Albuquerque Morto há cinco anos, Oscar Niemeyer continua sendo uma referência fundamental quando o assunto é arquitetura, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. A grandeza de sua obra permite que haja uma profusão de estudos a respeito e que, mesmo assim, novos aspectos sejam abordados a cada nova publicação, por meio de visões singulares. Quatro Ensaios Sobre Oscar Niemeyer, organizado por Paulo Bruna e Ingrid Quintana Guerrero, aborda sua obra em São Paulo, suas…