Clippings

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Um ensaio sobre este objeto

O suporte da comunicação escrita — do uso de rolos em papiro à descoberta do pergaminho e a invenção do códice — a partir da dobra do papel fixado em tábuas Lincoln Secco | Brasileiros | 01.01.2013 O que é um livro? Uma reunião de significados dentro de um conjunto de folhas dobradas. Esta e outras centenas de definições seriam suficientes para conhecê-lo. Em seu belo Livro, Michel Melot procura compreender o livro como objeto. Foi esse conjunto de folhas dobradas, afinal, que venceu outros suportes do texto escrito por volta do século 4 (embora existisse muito antes) e chegou…

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Os Cadernos Anatômicos de Leonardo Da Vinci

Antonio Gonçalves Filho | O Estado de S. Paulo | 4.3.2013 O físico vienense Fritjof Capra, conhecido pelo best-seller Ponto de Mutação, admite que não poderia ter avaliado os trabalhos científicos do gênio renascentista Leonardo Da Vinci (1452- 1519) sem a ajuda de colegas especializados em outras disciplinas. Ele faz a revelação logo no começo de seu livro A Alma de Leonardo Da Vinci, que a editora Cultrix colocou no mercado quase que simultaneamente ao lançamento de Os Cadernos Anatômicos de Leonardo da Vinci, coedição luxuosa da Ateliê Editorial e a Editora Unicamp que reproduz 215 gravuras anatômicas do pintor….

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Barrocos

Benedito Lima de Toledo mostra como a escola nascida na Europa foi aprimorada no Brasil José Maria Mayrink | O Estado de S. Paulo | 17.2.2013 A história, costumes e arte se mesclam, se completam e se explicam nas páginas de Esplendor do Barroco Luso-brasileiro, de Benedito Lima de Toledo, professor titular de História da Arquitetura da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo. Ao longo dos últimos 50 anos esse paulistano do bairro da Liberdade fez com dedicação e gosto, no Brasil e em Portugal, estudos e pesquisas de campo para transmitir aos alunos as…

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Ideias Encadernadas

Em Livro, o pesquisador francês Michel Melot traça um instigante painel da história do livro e da leitura, percorrendo caminhos que vão desde o livro como objeto até um inusitado traço erótico que esse mundo entre duas capas pode apresentar Marcello Rollemberg | Jornal da USP | 5 – 11 de novembro A discussão já ficou até chata: o livro em seu formato papel desaparecerá, dando lugar apenas ao livro eletrônico? Mais do que um debate clichê nesses tempos tecnológicos, o blábláblá sobre o (possível) fim do livro em papel acaba servindo, na verdade, para realçar cada vez mais sua…

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Ler, escrever e contar não basta

“É preciso ler o mundo” NíIson José Machado Fonte: Revista Kalunga | Edição 254 | Outubro 2012 . Entre a carreira de engenheiro, formado pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), e a de professor de matemática, na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), Nílson José Machado ficou com a segunda opção. Abandonou o ITA, após três anos, doutorou-se em Filosofia da Educação, também pela USP, e passou a lecionar na instituição em 1972. A princípio, formou estudantes no Instituto de Matemática e Estatística e na década seguinte migrou para a Faculdade de Educação. Machado tem diversos livros…

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Até a Margem do Grande Rio, de Edu Campos

Bruno Zeni | Guia da Folha – Livros, Discos e Filmes . O primeiro livro do fotógrafo e escritor Edu Campos reúne textos de diferentes gêneros, acompanhados de algumas fotografias em preto e branco. O tema da paisagem interiorana dá unidade à compilação. São poemas, fragmentos de diário, contos breves, diálogos, anotações, registros e impressões sobre o cenário e a sociabilidade do interior paulista. A paisagem é desidealizada, feita de mato, pasto, rios de margens ocupadas, urbanidade comercial e selvagem. Os pesonagens são homens rústicos e desconfiados, mulheres que já não se adequam nem se conformam com o papel tradicional,…

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Os bastidores de Machado de Assis

Obra analisa contexto pessoal em que o imortal escreveu O Alienista Carmen Guerreiro | Revista Língua Portuguesa É muito difícil ler um clássico sem o peso da noção prévia de que se está diante de um clássico. A primeira leitura parece nascer contaminada se lança escritor e obra num limbo atemporal que despreza o contexto histórico, político, social e cultural de publicação. Machado de Assis pode ter sido ele também vítima desse equívoco crítico. Isso fica claro quando Ivan Teixeira, em O Altar & o Trono – Dinâmica do Poder em O Alienista, nos faz mergulhar na sociedade da qual…

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O livro em revista

Com quase 500 páginas, a segunda edição da revista Livro é analisada no texto a seguir por professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas . Lincoln Secco | Jornal da USP O nome da revista já é por demais sugestivo e simples: Livro, número 2. Tornou-se raro o primeiro número, belamente ilustrado e encontradiço somente nos alfarrábios e em poucas livrarias. Não estará na rede mundial de computadores porque os editores deliberadamente não se ocupam em digitalizá-la, deixando ao porvir a tarefa de fazê-lo. O leitor deste Jornal da USP, seja em seu meio privilegiado em papel de…

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Neruda brasileiro

Crônica de Madô Martins | A Tribuna . Foi com Pablo Neruda que conheci a capacidade masculina de escrever poesias de amor sem o ranço do machismo. Em seus versos existiam um homem, uma mulher e um sentimento partilhado numa mistura bem dosada de bem querer e paixão que marcaram toda uma geração de leitores e, como não admitir, também de escritores, a tal ponto de vários de nós batizarmos os filhos com seu nome. Mas não é apenas com palavras que Pablo Neruda traduz emoções. Suas imagens são únicas, plenas pela latinidade, permeadas pelo cotidiano, imantadas nos cinco sentidos….

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Direito ao não direito

Como outros grupos, caminhoneiros recusam certas vantagens legais alegando que trariam prejuízos maiores que os benefícios . José de Souza Martins | O Estado de S. Paulo . Indevidamente chamada “greve” de caminhoneiros, dessa semana, perturbou a movimentação nas estradas, causando prejuízos ao País. Retardamentos de ônibus e carros e elevação dos preços dos alimentos, pela retenção dos produtos agrícolas na origem, foram algumas das consequências. Nesse vamos ver quem pode mais, o governo sentou à mesa para discutir o assunto. O momento dos caminhoneiros foi desencadeado contra direitos que lhes foram concedidos em lei: repouso contínuo de 11 horas…