“Paradeiro”, de Luís Bueno, vence o Prêmio Literário Biblioteca Nacional

Paradeiro, romance de estreia de Luís Bueno, foi aclamado pela crítica ao vencer o Prêmio Literário Biblioteca Nacional na categoria romance. No livro, o autor traz à tona questões como doença e morte, experiências radicalmente transformadoras da existência humana.

O livro tem uma estrutura incomum, que instiga o leitor. Paradeiro tem como um de seus cenários a cidade de São José dos Campos. Mas, o romance acontece em épocas diferentes e a ação envolve personagens distintos. O exercício de estilo desafiou o autor. “Os três planos da narrativa não se relacionam pelo enredo. Ao contrário, as personagens têm pouco ou nenhum conhecimento uma da outra”, afirma Bueno.

A escolha de São José dos Campos, interior de São Paulo, não foi casual. No começo do século XX, era uma cidade que atraía pessoas que precisavam se tratar de tuberculose. Na segunda metade daquele século, tornou-se um polo industrial e já havia sido cenário de vários outros livros. Citada por Machado de Assis em Quincas Borba; por Dinah Silveira de Queirós em Floradas na Serra; e recentemente por Rodrigo de Oliveira em  As Crônicas dos Mortos.

Prêmio Literário Biblioteca Nacional

Paradeiro conquistou o primeiro lugar na categoria Romance do Prêmio Literário Biblioteca Nacional de 2019 (Prêmio Machado de Assis). O prêmio existe desde 1994 e contempla autores, tradutores e projetistas gráficos brasileiros, com o objetivo de dar reconhecimento a quem movimenta o mercado editorial do país.

São nove categorias premiadas: poesia, romance, conto, ensaio social, ensaio literário, tradução, projeto gráfico, literatura infantil e literatura juvenil. A comissão julgadora é composta de 27 pessoas, três para cada categoria.

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